Casas Bahia (BHIA3) ajusta cronograma de dívida e antecipa conversão em ações

A reformulação do passivo financeiro ganhou novo capítulo com a entrada da Mapa Capital, que fechou acordo de R$ 1,6 bilhão.

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Publicado em 12/06/2025 às 19:21h - Atualizado 7 horas atrás Publicado em 12/06/2025 às 19:21h Atualizado 7 horas atrás por Matheus Silva
A medida oferece aos credores a oportunidade de participarem diretamente do capital da varejista (Imagem: Shutterstock)
A medida oferece aos credores a oportunidade de participarem diretamente do capital da varejista (Imagem: Shutterstock)

🚨 A Casas Bahia (BHIA3) anunciou nesta quinta-feira (12), novas etapas do seu plano de transformação da estrutura de capital. As decisões foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho de Administração e fazem parte da estratégia de reequilíbrio financeiro da companhia, iniciada em junho deste ano.

Entre os principais pontos está a antecipação da janela de conversão das debêntures da 2ª série da 10ª emissão, que agora poderão ser transformadas em ações da empresa já a partir de junho de 2025.

A medida oferece aos credores a oportunidade de participarem diretamente do capital da varejista, como parte de um esforço para reduzir o endividamento.

Além disso, a empresa propôs a postergação do pagamento de juros das debêntures da 1ª série, com nova data de pagamento fixada para novembro de 2027.

Também foi ajustado o cronograma de amortização: a parcela prevista para novembro de 2026 será cancelada, enquanto a parcela de 2027 será elevada de 11,11% para 20% do valor principal.

As amortizações subsequentes, em 2028 e 2029, permanecem em 25% e 100%, respectivamente.

Essas alterações ainda precisam ser aprovadas pelos debenturistas em assembleias marcadas para o dia 30 de junho de 2025.

Negociação bilionária com gestora Mapa Capital

A reformulação do passivo financeiro da Casas Bahia ganhou novo capítulo com a entrada da Mapa Capital, que fechou acordo para adquirir as debêntures da 2ª série da 10ª emissão, um título com valor de aproximadamente R$ 1,6 bilhão.

Essa dívida vinha sendo negociada com Bradesco e Banco do Brasil, principais credores da varejista no instrumento.

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A operação reforça a estratégia da companhia em atrair novos investidores institucionais que estejam dispostos a trocar dívidas por participação acionária, dando fôlego à empresa em meio ao cenário de reestruturação operacional.

O que esperar

A iniciativa é parte de um conjunto de medidas para fortalecer a estrutura de capital da Casas Bahia, que enfrenta desafios intensos no setor de varejo, com margens comprimidas e pressão sobre o caixa.

A flexibilização das condições de pagamento e a conversão de dívida em ações são movimentos clássicos de reequilíbrio em cenários de alto endividamento.

📊 Com as assembleias de credores se aproximando, o mercado deve acompanhar de perto a adesão às novas condições. Se aprovadas, as mudanças podem representar um passo importante rumo à estabilidade financeira da companhia.

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