Ajuda de R$ 4 bi do governo às aéreas deve sair só em setembro, diz jornal
A informação chega dias após a Azul informar que pediu recuperação judicial nos Estados Unidos.

✈️ O pacote de crédito voltado ao socorro das companhias aéreas, aprovado pelo Congresso em agosto do ano passado, deve ter sua liberação iniciada apenas no fim de setembro — um atraso de pelo menos um mês em relação ao cronograma previsto em abril.
Com um valor total de R$ 4 bilhões, a linha de financiamento será distribuída entre as companhias aéreas, que precisarão apresentar contrapartidas ligadas à sustentabilidade, à aviação regional e ao crescimento da frota, é o que diz o jornal "O Globo".
Nesta semana, ao anunciar seu pedido de reestruturação nos Estados Unidos, a Azul (AZUL4) citou a demora do governo em liberar os recursos como um dos fatores da crise. A companhia é a terceira entre as grandes aéreas do país a recorrer à recuperação judicial, a GOLL4, por exemplo, já está no final do processo.
📊 “As partes esperavam que o restante do financiamento necessário viesse de uma combinação de um programa de empréstimo governamental aprovado pelo Congresso Brasileiro em agosto de 2024 e uma captação de capital subsequente”, disse a Azul em comunicado.
Veja o que já aconteceu após o anúncio da AZUL4
Um dia após anunciar o pedido de recuperação judicial, a Azul teve suas classificações de risco rebaixadas pelas agências S&P Global Ratings e Fitch Ratins. A S&P Global Ratings rebaixou o rating da empresa de "CCC-" para "D" e alterou a classificação das notas seniores sem garantia para "D", retirando a nota de recuperação anterior.
Já a Fitch Ratings rebaixou os ratings da Azul de "CCC-" para "D" e de "CCC-(bra)" para "D(bra)" na escala nacional. A agência ainda atualizou a classificação das notas seniores garantidas da Azul para "C" com nota de recuperação "RR4" e reafirmou a classificação das notas não garantidas em "C" com nota de recuperação "RR6".
Logo depois, o Bradesco BBI e a XP Investimentos mudaram suas recomendações para a companhia aérea. O Bradesco, que já havia cortado a recomendação de compra para neutra no início da semana, rebaixou a ação para venda, ajustando o preço-alvo de R$ 0,50, antes R$ 1,30.
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“A Azul espera eliminar mais de US$ 2 bilhões em dívidas, em grande parte por meio da conversão em ações – e, com base em casos recentes no setor, essa conversão de dívida poderia ocorrer a preços abaixo do mercado, o que diluiria os acionistas atuais”, avaliaram.
💰 Já a XP Investimentos, colocou a recomendação para ação da Azul sob revisão. Segundo a casa, a operação terá impactos financeiros significativos, incluindo um financiamento DIP de US$ 1,6 bilhão, com US$ 670 milhões para reforço de liquidez e refinanciamento, e a eliminação de aproximadamente US$ 2 bilhões em dívida.
Além disso, nesta sexta-feira (30), a Azul teve a negociação de ADRs (American Depositary Receipts) suspensa. Além disso, a NYSE (Bolsa de Valores de Nova York) também solicitará o cancelamento da listagem dos ADRs. A companhia aérea destacou, no entanto, que a retirada dos ADRs não tem impacto sobre as operações ou os negócios da Azul no Brasil.
No entanto, vale citar que a partir desta sexta as ações da Azul serão excluídas dos índices da B3. Segundo comunicado da bolsa, a participação será redistribuída entre os outros integrantes da carteira com o ajuste dos redutores. A partir de então, os valores mobiliários da companhia serão negociados sob o título de "Outras Condições".

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