Turismo é bom, mas há cidades que não aguentam mais
Movimento tem estrangeiros tem aumentado custo de vida local
✈️ Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, 1,3 bilhão de pessoas viajaram para fora de seus países no ano passado. Esse número revela uma retomada quase completa em relação aos níveis pré-pandemia, porcentagem que deve ser batida no resultado de 2024, conforme projeções do órgão.
Embora essa seja uma notícia muito positivo para o setor de turismo, que entre 2020 e 2022 sofreu um duro golpe, há cidades que querem ficar no passado. É o caso da Ilha de Maiorca, na Espanha, que viu o valor dos aluguéis dispararem desde 2023.
Segundo a BBC News, por lá, os moradores já declararam que não podem mais morar em suas próprias cidades. Há um chef de cozinha, por exemplo, que decidiu viver em seu próprio automóvel por não ter condições de pagar um aluguel mensal.
O mesmo acontece nas Ilhas Canárias, também na Espanha, onde o setor de turismo representa 35% do PIB (Produto Interno Bruto) e quase metade dos postos de emprego. Apesar disso, o arquipélago tem um dos menores salários do país, então muitos dos moradores se viram obrigados a mudarem para outros lugares, inclusive os próprios trabalhadores.
"O número real de imóveis disponíveis caiu muito e o preço subiu exponencialmente. E isso fez com que, infelizmente, encontrar um lugar para morar se tornasse muito, muito caro”, apontou Chris Elkington, editor do jornal local The Canarian Weekly, à reportagem britânica.
Já em Veneza, uma das cidades mais visitadas da Itália, tombada como Patrimônio Mundial pela Unesco, os ativistas chegam a bloquear os navios que desembarcar milhares de turistas todos os dias. Houve quase um êxito em massa, se comparados os números de habitantes locais entre 1970 e 2020, que caiu de 150 mil para 50 mil.
"Conheço muitas pessoas que, mesmo com dinheiro, mesmo com renda, não conseguem encontrar moradia", conta Marta Sottoriva, professora escolar. "Chegamos a uma situação em que existem mais camas para turistas do que para os moradores locais”.
🚀 Leia mais: Quarto voo teste da SpaceX termina com sucesso no Oceano Índico
China e Índia impactam
Até meados de 2000, os turistas oriundos da China, então país mais populoso do mundo, eram os que mais movimentavam o turismo global. Depois disso, no entanto, a Índia entrou no páreo, passando a transportar também milhões de turistas anualmente para o Oriente e Ocidente, sobretudo para a Europa.
No ano passado, foram 27 milhões de indianos viajando pelo mundo, mas a expectativa é que ainda nesta década esse número chegue a incríveis 70 milhões. Parte dessa projeção está amparada, por exemplo, nas encomendas que as companhias aéreas indianas fazem às fabricantes de aviões.
A Índia é um dos países mais desiguais do mundo, onde quase metade da população vive abaixo da linha da pobreza, segundo dados do Banco Mundial. No entanto, em razão de ter uma população gigantesca (1,4 bilhão), é necessário que apenas uma parte pequena dela viaje para movimentar o turismo. Além disso, o país ostenta quase 500 bilionários e mais de um milhão de milionários
Medidas para combater o excesso de turistas
Recentemente, a prefeitura de Veneza passou a cobrar 5 euros (cerca de R$ 28 reais) para turistas que queiram entrar na cidade. Atrelado a isso, e também por causa da inflação, muitas das atrações famosas estão aumentando o preço dos ingressos para turistas.
Os órgãos públicos também trabalham para incentivar que as pessoas viajem a esses lugares em outros períodos do ano, na tentativa de diminuir o fluxo de pessoas nos meses de férias. Há, ainda, quem discuta a chamada “dispersão”, fazendo com que os potenciais turistas escolham destinos alternativos, que sejam parecidos, mas menos disputados.
21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
GOLL4 dá prejuízo milionário em dólares; veja dados ao tribunal de falências
Gol Linhas Aéreas Inteligentes reporta prejuízo líquido de US$ 96 milhões em agosto
Ibovespa leva a melhor no embate de titãs VALE3 e PETR4; dólar cai
Mineradoras acordam junto com a China, enquanto petroleiras têm dia de cão
Quais small caps da bolsa distribuirão mais dividendos este ano?
BTG Pactual reuniu as ações de crescimento que também mais pagam proventos aos seus acionistas
Debêntures da CVC Brasil têm juros encurtados e prazos alongados
Entenda o porquê a operadora de turismo mexeu com seus títulos de renda fixa
Corretora do Banco do Brasil eleva preço justo da Gol (GOLL4)
Entenda se vale pena entrar agora em um dos setores mais complicados da bolsa brasileira
Fundo imobiliário rende 9,7% ao mês e pode melhorar dividend yield de 13,50%
FII de hotéis lidera ganhos do Ifix e deve incrementar próximos dividendos com recebimentos não recorrentes
Embraer (EMBR3) melhora múltiplos e dividendos para 2025
Ação já dobrou de preço em 2024, mas BTG Pactual ainda vê potencial adicional