Rombo fiscal no Brasil se aproxima de R$ 1 trilhão em 2024
O resultado está próximo de atingir os recordes históricos registrados nos anos da pandemia de covid-19.

No acumulado de 12 meses até janeiro deste ano, o resultado nominal do setor público brasileiro consolidado foi deficitário em R$ 991,9 bilhões. O resultado se aproxima dos recordes históricos registrados durante a pandemia de covid-19, com rombo fiscal de R$ 1,016 trilhão, segundo o BC (Banco Central).
💰 Em janeiro deste ano, o valor do déficit nominal acumulado de 12 meses foi de R$ 497,8 bilhões, com uma alta de R$ 494,1 bilhões em um ano. No período, os gastos com os juros da dívida pública dispararam, com o setor público consolidado com despesas de R$ 745,9 bilhões até o primeiro mês deste ano.
Maiores gastos com juros da dívida acumulados em 12 meses:
- 2020: R$ 349,2 bilhões;
- 2021: R$ 315,7 bilhões;
- 2022: R$ 425,7 bilhões;
- 2023: R$ 621,0 bilhões;
- 2024: R$ 745,9 bilhões.
Encarecimento do financiamento das dívidas
Em março de 2023, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a criticar a taxa de juros brasileira (Selic) e afirmou que ela estava "exageradamente elevada". "Nossa taxa de juros está exageradamente elevada, o que significa espaço para cortes no momento em que a economia brasileira deve decolar, não temos por que temer no Brasil”, disse.
Com o rombo fiscal de R$ 1 trilhão se aproximando, o financiamento da dívida brasileira fica cada vez mais cara. Em 2020, logo após o déficit nominal superar pela 1ª vez a marca de R$ trilhão, a taxa básica de juros era de 2% ano. Atualmente, está em 11,25%.
Leia também: Brasil tem superávit primário de R$ 102 bi em janeiro de 2024 no setor público consolidado
Superávit de R$ 102 bilhões em janeiro
No primeiro mês deste ano, o Brasil já registrou um superávit primário de R$ 102,1 bilhões, superando o saldo positivo de R$ 99 bilhões apresentando no mesmo período do ano anterior.
Ao longo dos 12 meses, o setor público apontou um déficit de R$ 246 bilhões, equivalendo a 2,25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com um resultado 0,04 ponto percentual menor do que o déficit apresentado em 2023.
No entanto, a Dívida Líquida do governo atingiu 60% do PIB, apontando uma queda de 0,8 ponto percentual em comparação com o mês anterior.

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima

3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país

Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados

Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump

Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos

Como investir na renda fixa em 2025 após tarifas de Trump ao Brasil?
Presidente dos EUA impõe alíquota de 10% para produtos brasileiros importados por americanos e analistas comentam possíveis impactos nos investimentos

Brasil recorre à renda fixa em dólar em 2025; veja anúncio do Tesouro Nacional
Meta do governo é ter entre 3% e 7% da sua dívida em títulos de renda fixa em dólar