Resultado favorável do IPCA-15 derruba dólar e faz Ibovespa subir

Derrubada do decreto do IOF também reflete no desempenho da Bolsa nesta quinta (26).

Publicado em 26/06/2025 às 11:21h - Atualizado Agora Publicado em 26/06/2025 às 11:21h Atualizado Agora por Wesley Santana

IPCA-15 é responsável por medir o comportamento dos preços na metade de dois meses (Imagem: Shutterstock)

O principal índice da bolsa de valores brasileira abriu com alta de 0,6% na manhã desta quinta-feira (26). O Ibovespa (IBOV) é negociado aos seus 136.600 pontos, de acordo com dados da B3.

📈 As ações reagem ao recente resultado do IPCA-15, considerado prévia da inflação, que mostrou uma desaceleração no aumento dos preços. O indicador finalizou o período entre junho e julho com avanço de 0,26%, abaixo do que o mercado esperava.

O dólar, por sua vez, também opera nesta manhã com forte queda de 0,7%, aos R$ 5,51 na versão comercial. O mesmo acontece com o euro, que recua 0,2%, para R$ 6,46, de acordo com o Banco Central.

Nos Estados Unidos, os principais índices de ações também operam no azul, com altas relevantes nos primeiros minutos das negociações. Dow Jones sobe 0,3%, S&P 500 avança 0,4% e Nasdaq cresce 0,45%, segundo dados das bolsas de valores local.

Ações em destaque

Nos primeiros minutos do pregão, as ações da Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) chamavam a atenção por apresentarem uma alta acentuada de 4,3%. O ticker era comprado e vendido por cerca de R$ 7,50.

Na sequência, outro destaque é de Raizen (RAIZ4) que cresce mais de 4% para acima de R$ 1,75. Os papéis da MRV (MRVE3) também passam por um dia de forte valorização, com aceleração de 4% para R$ 6.

Entre as blue chips da bolsa, a Vale (VALE3) é a felizarda da manhã, com alta de quase 3% na sua cotação. Por volta das 11h, o ticker era negociado próximo de R$ 52.

No sentido contrário, Localiza (RENT3) ostenta o pior desempenho da B3, com recuo de R$ 5,5%, ensaiando um retorno ao patamar dos R$ 40. Vamos (VAMO3) e Ecorodovias (ECOR3) caem 2,3% e 1,8%, respectivamente.

De olho no IOF

Os investidores seguem de olho na relação entre o Congresso e o governo, depois que os parlamentares decidiram derrubar o decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A medida provisória publicada pelo governo federal deve perder a validade nos próximos dias, depois que senadores e deputados federais decidiram revogar o texto.

Com isso, o custo para envio de dinheiro ao exterior deve voltar ao mesmo patamar anterior, sem adição de impostos. O mesmo vale para as operações de crédito e de aportes em fundos de previdência que devem voltar às regras antigas.

O governo deve entrar com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) para derrubar a decisão do Congresso, afirmando que isso é inconstitucional.