Renda fixa sem IR bate trilhão nas mãos de pessoas físicas; veja oportunidades de 2024
Investimentos das pessoas físicas ultrapassam R$ 7,22 trilhões e sobem 11,5% no ano, diz Anbima
🤑 Os investimentos de renda fixa dominam a carteira dos brasileiros em 2024, com saldo de R$ 4,16 trilhões nos noves primeiros meses do ano, já que o investidor pessoa física não tem dormido no ponto e aproveita o ciclo altista da taxa Selic para multiplicar o seu patrimônio com juros compostos. Houve crescimento de 13,8% no saldo na comparação com 2023.
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) nesta terça-feira (26) também revelam que a procura por títulos de renda fixa isentos de imposto de renda (IR) também segue em disparada no período, com R$ 1,18 trilhão nas mãos de clientes de varejo (cidadãos comuns), alta renda e private (segmento com mais de R$ 5 milhões investidos).
Consequentemente, a procura por títulos isentos como CRAs, CRIs, debêntures incentivadas, LCAs e LCIs disparou 10,3% na comparação com o fechamento de 2023, com todos os produtos com o benefício fiscal apresentando variações positivas no semestre.
"O que nós vimos foi um crescimento, em muitos casos de dois dígitos, na procura por esses títulos em função da Selic em alta e da busca por rentabilidade e segurança, mesmo que com liquidez menor", disse Correa Júnior
Ele se referia às regras que limitaram a emissão e ampliaram o prazo de carência de CRAs e CRIs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio e Imobiliários, respectivamente), LCAs e LCIs (Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário, nesta ordem).
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Renda fixa isenta de IR
A demanda dos investidores pessoa física por CRIs saltou 32,5% e chegou ao saldo de R$ 83,02 bilhões até setembro, enquanto os CRAs cresceram 23,7%, totalizando R$ 115,08 bilhões.
Tais títulos securitizados permitem que o investidor empreste o seu dinheiro diretamente para empresas ligadas ao agronegócio ou ao mercado imobiliário, sendo normalmente a modalidade de renda fixa que paga as maiores rentabilidades, já que o risco de calote também é consideravelmente bem maior na comparação com o Tesouro Direto, ou mesmo títulos bancários protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
📈 O avanço das LCIs e LCAs foi mais tímido, de 5,7%, para R$ 339,35 bilhões, e de 7,7%, para R$ 450,59 bilhões, respectivamente. Já as LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) passaram de R$ 108,8 bilhões para R$ 114,4 bilhões, acumulando alta de 5,1% entre dezembro de 2023 e setembro de 2024.
No caso das debêntures, que também não têm cobertura do FGC (como os CRAs e CRIs), o investidor pessoa física também não ignorou os altos rendimentos que as empresas estão pagando pelo dinheiro emprestado a elas.
As debêntures incentivadas, que são livres da mordida do leão da Receita Federal, decolaram 17% na busca pelos brasileiros, que passaram a deter saldo de R$ 77,27 bilhões.
Em contrapartida, as debêntures tradicionais, que não têm o benefício fiscal, somaram R$ 44,62 bilhões ao fim de setembro, aumento de R$ 26,7% ante dezembro do ano passado.
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CDBs e Tesouro Direto deixam ações comendo poeira em 2024
A Anbima também aponta que mesmo os títulos de renda fixa que têm cobrança de IR tiveram saldos e procura percentual em 2024 bem maiores que o desempenho das ações brasileiras, o carro-chefe dos investimentos em renda variável do mercado local.
Dessa maneira, os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) cresceram 15,5% no acumulado de 2024, alcançando a cifra de R$ 996,67 bilhões contra R$ 862,64 bilhões em dezembro.
💸 Quem prefere emprestar o seu dinheiro ao governo brasileiro por meio do Tesouro Direto acumulou saldo de R$ 172,39 bilhões, alta de 15% na mesma base de comparação.
Contudo, o volume aplicado em ações somou R$ 758,89 bilhões ao fim de setembro, um crescimento de apenas 7,9% ante o fim de 2023.
No geral, os investimentos das pessoas físicas somaram R$ 7,22 trilhões até o fim de setembro. O montante representa um aumento de 11,5% em relação ao volume investido até o término de 2023.
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