Petrobras (PETR4): Governo avalia distribuição de dividendos extraordinários
Autorização, no entanto, depende de análise técnica; BNDES também está na lista.

O governo federal corre contra o tempo para encontrar uma saída para cumprir a meta fiscal deste ano. Uma das opções é juntar reservas de lucros de suas estatais para alcançar a arrecadação suficiente para fechar as contas.
💰 Uma dessas empresas é a Petrobras (PETR4), da qual a União é acionista majoritária. Para este caso, a saída discutida nos bastidores seria a distribuição de dividendos extraordinários, ou seja, fora do calendário padrão da petrolífera.
Sabendo desta informação, bancos e corretoras de investimentos saíram na frente para avaliar a possibilidade deste pagamento adicional. Isso porque, caso a distribuição seja aprovada, as ações da companhia podem ser impactadas.
Para os analistas da Genial Investimentos, a distribuição de dividendos neste molde pode beneficiar os investidores no curto prazo, mas pode limitar a capacidade da companhia de fazer investimentos em projetos que sejam estratégicos.
“A possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras pode ter implicações mistas”, escreveram os analistas. “A falta de clareza sobre os critérios para essa distribuição pode aumentar a percepção de risco regulatório entre os investidores”.
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Já os analistas do Bradesco BBI, haviam opinado anteriormente que a estatal não pagaria dividendos extraordinários ao longo de 2025. Eles entendiam que a queda no preço do barril de petróleo fechava o cenário para uma eventual distribuição surpresa.
“Estamos reduzindo nossas estimativas para os resultados da Petrobras, assumindo que a empresa anunciará outro corte de 10% nos preços da gasolina e de 7% nos preços do diesel em algum momento no primeiro semestre de 2025”, escreveram. Eles ainda pontuaram a projeção de US$ 9 bilhões em proventos no total do ano, com um dividend yield de 12,3%.
O fato é que não será fácil para o governo alcançar a decisão de dividendos extraordinários, considerando que há vários campos de atenção na oferta deste provento. “A decisão de usar as reservas de lucro para pagar mais dividendos não é na canetada, é uma decisão empresarial-corporativa que precisa considerar diversos elementos”, comentou uma fonte ao Valor Econômico.
A notícia do eventual pagamento de dividendos agradou os investidores, que fizeram as ações da Petrobras (PETR4) operarem com alta na tarde desta sexta-feira (6). Por volta das 13h, os papéis eram negociados com avanço de 1,3%, flertando com os R$ 30.
BNDES no radar
Outra fonte possível de dinheiro extra é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), do qual o governo federal é acionista único. Mesmo neste caso, seria preciso uma discussão técnica, considerando que há legislações que vetam alguns tipos de distribuição de lucros.
Antes de 2017, por exemplo, o BNDES pagava 95% do seu lucro à União e retia os 5% restantes para uma reserva de caixa. Depois deste ano, o estatuto do banco mudou o total do repasse ao controlador, fixando o montante em no máximo 60%, sendo que 25% deve ser pago como dividendo mínimo.
“A decisão de usar as reservas de lucro para pagar mais dividendos não é na canetada, é uma decisão empresarial-corporativa que precisa considerar diversos elementos”, disse outra fonte ouvida pela reportagem. “É uma discussão técnica que precisa levar em conta, inclusive, o previsto na Lei das Estatais”, completou.

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