Lula diz que 'está tudo acertado' sobre ajustes no IOF

A declaração foi feita neste sábado (07).

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Publicado em 07/06/2025 às 10:43h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 07/06/2025 às 10:43h Atualizado 1 minuto atrás por Elanny Vlaxio
O prazo estipulado terminaria na segunda-feira (09) (Imagem: Ricardo Stuckert)
O prazo estipulado terminaria na segunda-feira (09) (Imagem: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (7) que “está tudo acertado” em relação a possíveis ajustes das medidas que tratam do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

🗣️ “Foi feita uma belíssima reunião com o Hugo Motta, com o Alcolumbre, com o Haddad, com o Rui Costa, com o Galípolo. Então, está tudo acertado”, declarou Lula, em referência ao encontro realizado em 25 de maio, antes de seu embarque a Paris, na residência oficial do presidente da Câmara.

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Vale citar que, Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, afirmou no fim de maio que o governo teria dez dias para submeter ao Congresso uma proposta alternativa ao reajuste do IOF. O prazo estipulado terminaria na segunda-feira (09).

O governo estimou que o aumento na alíquota do IOF poderá gerar até R$ 20,5 bilhões em recursos extras. Além do reajuste no IOF, também foi anunciado o congelamento de R$ 31 bilhões do orçamento.

Quais setores da B3 podem ser afetados pelo aumento do IOF

Segundo a XP Investimentos, os setores da B3 agronegócio, bens de capital, educação, elétrico, imobiliário, óleo e gás, transporte e varejo enfrentarão impactos neutros ou reduzidos. Os setores de mineração e siderurgia terão efeitos modestos, no entanto, o setor financeiro será o mais impactado.

💬 A XP disse ainda que o aumento do IOF não deve afetar significativamente os resultados das companhias de capital aberto. Embora o IOF de 3,5% sobre câmbio possa impactar empresas com maior volume de transações em moeda estrangeira, estratégias de proteção e a própria escala operacional dessas companhias ajudam a neutralizar tais efeitos.

“Algum atraso em aquisições internacionais, investimentos ou reinvestimentos no exterior é possível devido ao aumento do atrito tributário, mas é improvável que isso altere de forma relevante os rumos estratégicos das companhias”, explicaram os analistas ao "Valor Investe".