IOF: Veja como fica a cobrança do imposto após derrota do governo no Congresso
Congresso derrubou nessa 4ª feira (25) o decreto do governo que havia elevado o IOF.

O Congresso Nacional derrubou o decreto do governo que havia elevado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Com isso, voltam a valer as alíquotas originais do imposto, o que deve baratear operações como as compras pagas com cartões internacionais, a compra de moeda estrangeira em espécie, as remessas para o exterior e o crédito das empresas.
A compra de moeda estrangeira em espécie, por exemplo, era taxada em 1,1% até 22 de maio, mas ficou sujeita a uma alíquota de 3,5% de IOF a partir de 23 de maio e agora volta a ser tributada em 1,1%.
Já o crédito das empresas estava sujeito a uma alíquota fixa de 0,38% e a uma alíquota diária de 0,0041% até 22 de maio. Contudo, passou a ser taxado em 0,95% fixo + 0,0082% ao dia em 23 de maio. Em uma revisão do decreto anunciada em 12 de junho, a alíquota fixa voltou para 0,38%. Agora, a alíquota diária também volta para 0,0041%.
Veja como fica a cobrança do IOF:
Operação | Como estava, com o decreto do governo | Como volta a ser, sem o decreto |
Cartões internacionais | 3,5% | 3,38% |
Compra de moeda estrangeira em espécie | 3,5% | 1,1% |
Remessas ao exterior | 3,5% | 1,1% |
Crédito das empresas | 0,38% fixo + 0,0082% ao dia | 0,38% fixo + 0,0041% ao dia |
Risco sacado | 0,0082% ao dia | Isento |
Previdência privada (aportes superiores a R$ 50 mil por mês) | 5% | 0% |
Derrota histórica para o governo
O Congresso Nacional aprovou nessa quarta-feira (25) o projeto de decreto legislativo que derrubou o aumento do IOF.
O projeto recebeu 383 votos a favor e apenas 98 contra na Câmara dos Deputados. Logo depois, foi aprovado em votação simbólica no Senado.
A decisão já foi promulgada nesta quinta-feira (26) pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP). Por isso, já está em vigor.
A decisão legislativa representa uma derrota histórica para o governo federal, pois desde 1992 um decreto presidencial não era barrado pelo Congresso.
Além disso, a medida criou mais um problema fiscal para o Executivo. É que a Fazenda esperava arrecadar cerca de R$ 12 bilhões neste ano com o aumento do IOF e agora precisará cobrir esse rombo para cumprir a meta fiscal.
Em entrevista à "Folha de S. Paulo", o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o governo avalia três medidas para resolver esse assunto:
- recorrer à Justiça contra a decisão do Congresso Nacional;
- buscar novas fontes de receita, inclusive por meio de dividendos extraordinários de empresas estatais como a Petrobras (PETR4) e o Banco do Brasil (BBAS3);
- ampliar os cortes do Orçamento.
Caberá ao presidente Lula decidir os próximos passos do Executivo. Haddad, contudo, admitiu uma inclinação a recorrer da decisão do Congresso no STF, caso haja um parecer da área jurídica do governo de que o decreto legislativo é inconstitucional.

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