Investimento em startup rendeu mais que a Selic em 2024; entenda

Investidores tiveram um ganho de 12,4% ao ano, segundo exchange

Publicado em 19/03/2025 às 18:54h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 19/03/2025 às 18:54h Atualizado 1 minuto atrás por Wesley Santana

Na semana passada, parte dos investidores que tinham tokens do MB Startups (subsidiária do Mercado Bitcoin), receberam uma bolada. Trata-se da liquidação de R$ 11 milhões em investimentos feito na Gringo, empresa que foi adquirida pela Sem Parar.

💰 A captação dos recursos, via renda fixa digital, foi feita em março de 2024 quando a empresa recorreu ao mercado inovador para captar investimentos com foco no crescimento. Na época, a operação funcionou como um mini-IPO em que cada um adquiriu uma fatia da empresa, no mesmo modelo da compra de ações.

Na prática, em razão do M&A, é como se os investidores tivessem feito um exit na companhia, como é chamada a saída de um investimento. Além do montante aplicado, os investidores tiveram um retorno de 12,47% ao ano sobre o valor total.

Em termos de comparação, no ano passado, o rendimento médio da Selic foi de 12,25% ao ano. Além disso, quando considerado o Imposto de Renda envolvido na compra de um CDB, por exemplo, essa remuneração cai para perto de 11%.

O modelo de investimentos em startup ainda é incipiente no Brasil, com poucas opções que realmente geral valor aos investidores. Assim como outro modelo de aporte em empresas, ele gera risco, considerando que o modelo de negócio da empresa em questão pode não se sustentar ao longo do tempo.

No entanto, é uma opção de diversificação de portfólio para a pessoa física e de captação de recursos para a pessoa jurídica. No começo do ano, o MB já tinha alçando 4 milhões com esse produto que foi apelidado de “bolsa de startups”.

“A ideia é trazer eficiência para o mercado, aproximando startups e outros ativos inovadores a investidores, de maneira transparente e segura com nossa expertise em tokenização e blockchain”, explica Reinaldo Rabelo, CEO do MB. “Queremos que cada vez mais empreendedores percebam esse formato como uma alternativa viável de captação, e que investidores tenham acesso a deals estruturados e seguros”.