Ibovespa se espreguiça com lucro de 1,26%, e real amassa o dólar a R$ 6,11

Dólar se enfraquece em todo o mundo, com mercado reagindo a possíveis tarifas comerciais do governo Trump

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Publicado em 06/01/2025 às 18:48h - Atualizado 8 horas atrás Publicado em 06/01/2025 às 18:48h Atualizado 8 horas atrás por Lucas Simões
Ações brasileiras sensíveis à Selic nas alturas aproveitam queda dos juros futuros e disparam em 2025 (Imagem: Shutterstock)
Ações brasileiras sensíveis à Selic nas alturas aproveitam queda dos juros futuros e disparam em 2025 (Imagem: Shutterstock)

🤑 Pela primeira vez em 2025, as ações brasileiras que integram o Ibovespa fecharam o pregão com ganhos significativos, valorizando-se +1,26%, aos 120.021,52 pontos, nesta segunda-feira (6), primeiro pregão do ano com maior liquidez dos mercados.

Além disso, o nosso real conseguiu amenizar bastante a sua perda de poder de compra contra o dólar no curto prazo, já que a nossa moeda avançou +1,11%, sendo que o dólar à vista ficou cotado a R$ 6,11.

Mesmo assim, conforme dados do Investidor10, desde o fechamento do dia 13 de dezembro de 2024, o dólar tem se mantido acima dos R$ 6. Já a primeira vez que a moeda americana ultrapassou essa barreira psicológica foi no dia 28 de novembro de 2024.

E não foi apenas a moeda oficial do Brasil que teve um desempenho ímpar contra o dólar, mas a divisa americana em si perdeu força no mundo durante a sessão, com os mercados globais reagindo à reportagem publicada no Washington Post sobre o governo Trump planejar pacote de tarifas a todos os países, porém abarcando só importações essenciais.

Wall Street

Já nos Estados Unidos, os principais índices acionários de Wall Street se recuperavam de uma semana de perdas, com destaque para a pernada das ações de tecnologia, especificamente as fabricantes de semicondutores. Os papéis da Nvdia (NVDA), por exemplo, subiram 3,43%, negociados por US$ 149,43 cada.

Veja o fechamento das bolsas de valores americanas:

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Destaque de altas do Ibovespa

As ações que encabeçaram a alta do Ibovespa nesse pregão são justamente aquelas bastante sensíveis ao ambiente de taxa Selic nas alturas, que já é cogitada em 15% ao ano em 2025.

Mas, elas se aproveitaram da queda das taxas dos DIs (Depósitos Interbancários) com vencimentos no curto prazo, que são contratos de juros futuros também negociados na bolsa de valores na brasileira, a B3 (B3SA3), que, na prática, podem sinalizar uma taxa básica de juros um pouco menor do que se previa antes.

📊 Por exemplo, a taxa do DI para julho de 2025 estava em 14,01%, ante o último fechamento de 14,07%. Já na ponta mais longa da curva de juros, a taxa do DI para janeiro de 2033 marcava 14,56%, ante 14,80% do ajuste anterior.

Quanto menores são essas taxas dos DIs nos vencimentos mais longos, maior potencial de valorização as ações brasileiras do Ibovespa podem destravar com consistência, segundo analistas.

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Destaque de altas do Ibovespa

Por outro lado, as companhias exportadoras de commodities que têm receitas mais dolarizadas foram as maiores perdedoras do Ibovespa nesta segunda-feira (6).

📉 O principal índice acionário do mercado brasileiro só não teve um desempenho ainda melhor porque foi brecado pelas quedas de seus pesos-pesados Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), que cederam −1,28% e −0,63%, respectivamente.

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