Ibovespa recupera os 127 mil pontos, mas dólar bate novo recorde
Estímulos chineses ajudaram o Ibovespa, mas a perspectiva de alta da Selic e o risco fiscal pesaram sobre o dólar.
O Ibovespa começou a semana em forte alta, impulsionado pelos estímulos anunciados pela China. O dólar, no entanto, também subiu e bateu um novo recorde.
📈 O principal índice da B3 avançou 1% e, com isso, recuperou os 127 mil pontos. Fechou aos 127.210 pontos, puxado, sobretudo, por mineradoras e siderúrgicas, como Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3).
O setor disparou na bolsa diante da notícia de que a China vai adotar uma política monetária "adequadamente frouxa" e uma política fiscal "mais proativa" no próximo ano. A expectativa é de que as medidas acelerem a economia chinesa, elevando a demanda por minério de ferro.
💵 O mercado, no entanto, segue cauteloso em relação à situação fiscal brasileira e projeta um aumento de 0,75 ponto percentual da taxa Selic na próxima quarta-feira (11). Por isso, o dólar também subiu nesta segunda-feira (9).
O dólar teve uma leve alta de 0,09% e, com isso, terminou o dia cotado a R$ 6,08, o maior valor de fechamento da história. É o sexto pregão consecutivo que o dólar fecha acima dos R$ 6,00.
EUA
Já nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em queda, diante da notícia de que a China investiga se a Nvidia (NVDC34) violou as leis antimonopólio do país. Veja o fechamento:
- Dow Jones: -0,54%;
- S&P 500: -0,61%;
- Nasdaq: -0,62%.
Altas
A Vale disparou 5,32% e a CSN Mineração avançou 6,68% diante dos estímulos chineses. Mas o anúncio também favoreceu outras mineradoras e siderúrgicas da B3, como Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5), que subiram 3,32% e 2,34%, respectivamente.
A Petrobras (PETR4) também teve um dia de alta. As ações preferenciais da estatal saltaram 2,59%, acompanhando a alta dos preços internacionais do petróleo.
Já o Itaú (ITUB4) subiu 0,49%, depois de abrir uma ação judicial contra seu ex-diretor financeiro, Alexsandro Broedel, acusando-o de conflito de interesses. Veja aqui a análise do mercado sobre o caso.
Veja outras altas do dia:
- Bradespar (BRAP4): 4,98%;
- Marfrig (MRFG3): 4,52%;
- B3 (B3SA3): 0,70%.
Baixas
Os outros bancões da B3, no entanto, não seguiram o Itaú e fecharam em queda. O Santander (SANB11), por exemplo, recuou 0,90% e o Bradesco (BBDC4), -0,65%.
Ações sensíveis à alta dos juros, como as das varejistas e construtoras, também oscilaram, diante da expectativa de que o Copom acelere o ritmo de alta da Selic nesta semana.
O GPA (PCAR3), por exemplo, despencou 5,06%. E a MRV (MRVE3) perdeu 2,39%.
Veja outras baixas do dia:
- Petz (PETZ3): -4,51%;
- Cogna (COGN3): -4,17%;
- Localiza (RENT3): -3,93%.
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