Heineken prevê queda nas vendas de cerveja em 2025

O CEO da empresa disse que a volatilidade macroeconômica ficou mais acentuada no terceiro trimestre.

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Publicado em 22/10/2025 às 10:42h - Atualizado Agora Publicado em 22/10/2025 às 10:42h Atualizado Agora por Elanny Vlaxio
A cervejaria alcançou receita líquida de 7,33 bilhões de euros  no 3T25 (Imagem: Shutterstock)
A cervejaria alcançou receita líquida de 7,33 bilhões de euros no 3T25 (Imagem: Shutterstock)
💲 A Heineken alertou nesta quarta-feira (22) que suas vendas de cerveja devem recuar em 2025, em meio ao aumento dos desafios macroeconômicos, revisando para baixo suas projeções de volume em relação ao trimestre anterior.
A empresa afirmou esperar uma “queda modesta” no volume no próximo ano e informou que o lucro operacional orgânico anual deve ficar na faixa inferior do intervalo previsto anteriormente, entre 4% e 8%.
O CEO da companhia, Dolf van den Brink, disse que a volatilidade macroeconômica ficou mais acentuada no terceiro trimestre. “Esperamos que a demanda se recupere quando as condições se normalizarem”, disse ele em comunicado.

Dados do 3T25

💰 A cervejaria alcançou receita líquida de 7,33 bilhões de euros no 3º trimestre de 2025, 0,3% inferior em termos orgânicos ao mesmo período do ano anterior. A receita total somou 8,71 bilhões de euros, queda de 4% na comparação anual. Os volumes consolidados de cerveja, incluindo Heineken e mais de 300 marcas, registraram retração orgânica de 4,3% no período.
Os volumes de cerveja da Heineken nas Américas recuaram 7,4% em termos orgânicos no ano, refletindo consumo mais fraco, principalmente no Brasil e nos Estados Unidos. No Brasil, a cervejaria holandesa enfrentou queda de pelo menos dois dígitos, com clientes antecipando compras antes dos ajustes de preços feitos em julho.
“Baseado em dados de vendas direta ao varejo, ganhamos participação significativa em um mercado que teve queda de um dígito alto no consumo durante o trimestre”, disse a Heineken, em comunicado.
🤑 O diretor financeiro da Heineken, Harold van den Broek, declarou em teleconferência que o efeito das tarifas sobre o mercado de cerveja do Brasil foi mais intenso do que o previsto no trimestre. Segundo ele, o consumo nas Américas caiu e a companhia começou a dar mais atenção ao impacto dos indicadores macroeconômicos.
Na Ásia-Pacífico, a receita líquida avançou 5,6% organicamente, com Vietnã e China puxando o crescimento, mesmo com queda de 0,8% no volume de cerveja. Na Europa, a receita líquida caiu 3,6% e o volume de cerveja recuou 4,7%, refletindo consumo mais contido. A Heineken, porém, afirmou que continua no caminho para alcançar €0,5 bilhão em economias brutas neste ano.