Hapvida (HAPV3): Família controladora aproveita tombo para aumentar participação
Apesar da pressão nos resultados, casas de análise mantêm recomendação de compra ou neutra.
Depois da publicação do balanço do terceiro trimestre da Hapvida (HAPV3), os investidores saíram a vender as ações da companhia. Com isso, em um único pregão, os papéis chegaram a cair mais de 40% na B3.
O tombo foi forte, mas a família controladora da companhia viu um ótimo momento para comprar parte dos papéis que circulam no mercado. Segundo uma reportagem da Bloomberg, o CEO Jorge Fontoura Pinheiro Koren de Lima teria adquirido R$ 250 milhões em ações.
A empresa também saiu às compras e, ainda de acordo com o jornal, teria comprado mais R$ 500 milhões em papéis. Todas essas informações foram reveladas sob anonimato, a pedido de uma fonte familiarizada.
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A baixa no valor de mercado da companhia, que agora está na casa de R$ 9 bilhões — o menor da história — aconteceu por causa dos números que vieram bem abaixo do esperado, mesmo com a companhia apresentando lucro líquido de R$ 338 milhões. A operadora de saúde, porém, viu um prejuízo de R$ 57 milhões quando considerados os ajustes financeiros.
Houve analistas que classificaram o balanço como um “show de horror”, caso da Empiricus, que destacou o Ebitda em recuo. Já o BTG Pactual pontuou que a companhia vê uma combinação de fatores que tornam o caminho ainda mais desafiador para o negócio e ainda cortou o preço-alvo de R$ 67 para R$ 50.
“Nos trimestres anteriores, a Hapvida havia mostrado sinais de estabilização nas questões judiciais, mas os resultados do 3T confirmam que ainda há desafios relevantes, como custos de novos hospitais e despesas SG&A mais elevadas. Assim, passamos a adotar uma postura mais conservadora”, escreveram os analistas do banco de investimentos.
Aproveitar na baixa?
Sempre que uma empresa vê uma redução no preço das ações, a primeira dúvida que surge entre os investidores é: vale a pena aproveitar o momento para comprar? A resposta pode não ser tão direta, mas grande parte dos bancos e casas de análise mantiveram recomendação de compra ou neutra para os papéis.
Isso evidencia que, mesmo diante de um cenário difícil, o ticker da companhia pode entregar alguma valorização para a carteira de investimentos. Apesar disso, os analistas destacam que uma recuperação da companhia pode ser mais alongada, o que demanda mais paciência dos investidores que escolherem apostar no ativo.
“A conferência reforçou que pressões de custo, novas unidades e provisões judiciais devem prolongar a normalização”, salientou o relatório do BTG. “Mantemos recomendação de compra, mas reconhecemos que a capacidade de execução precisa melhorar significativamente para recuperar a confiança”, finaliza.
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