Eve, da Embraer, fecha contrato de R$ 1,4 bi para carros voadores

A previsão de entrega está para o último trimestre de 2027, segundo cronograma da Eve.

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Publicado em 16/06/2025 às 11:32h - Atualizado Agora Publicado em 16/06/2025 às 11:32h Atualizado Agora por Wesley Santana
eVOLts são veículos elétricos usados para pouso e decolagens na posição vertical (Imagem: Shutterstock)
eVOLts são veículos elétricos usados para pouso e decolagens na posição vertical (Imagem: Shutterstock)

Nesta segunda-feira (16), a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer (EMBR3), anunciou a assinatura de um contrato bilionário. A empresa vai fornecer 50 eVTOLs (aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical) para a Revo, que opera helicópteros no país por R$ 1,39 bilhão.

🚁 O contrato foi fechado junto à controladora da Revo, a Omni International, que tem uma malha de helicóptero em vários países para fazer trajetos de mobilidade dentro de grandes cidades. Em São Paulo, a Revo opera rotas entre os aeroportos e os principais centros comercial e financeiro da capital, agilizando o percurso de seus consumidores.

A ideia com o contrato é que, quando os eVTOLs estiverem prontos, a empresa consiga oferecer esses mesmos serviços por meio dos chamados carros voadores. Essa é uma categoria de “helicópteros” elétricos que caminha para se tornar realidade em alguns anos.

“Este contrato com a Revo e a OHI é um passo fundamental para a Eve, demonstrando a crescente confiança do mercado em nossa tecnologia e modelo operacional”, afirma Johann Bordais, CEO da Eve. “Ao avançarmos do conceito para a implementação, estamos não apenas impulsionando nosso plano comercial, mas também contribuindo para a construção de um ecossistema robusto e sustentável de mobilidade aérea urbana, estabelecendo um novo padrão global para a adoção dos eVTOLs.”

Atualmente, a Eve é uma das empresas que mais apostam neste segmento, tendo sido formada dentro da Embraer, mas depois fragmentada para seguir seu próprio caminho. A companhia já tem centenas de pedidos de eVTOLs, embora ainda não tenha nenhum equipamento em circulação.

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“Atribuímos a escolha da Eve Air Mobility à maturidade do projeto, à estrutura completa de suporte e à excelência da Embraer no setor aeroespacial”, destaca João Welsh, CEO da Revo. “Essas aeronaves serão fundamentais para viabilizar nosso projeto de transformar a mobilidade oferecida pela Revo, proporcionando uma solução segura, sustentável e escalável, capaz de conectar as pessoas e elevar o padrão de conveniência para nossos clientes”.

Na sequência do acordo, as ações da Embraer dispararam no pregão desta segunda, conforme informações da bolsa de valores. Por volta das 11h, os papéis operavam com alta de 5,7%, acima dos R$ 70.

Quem apostou na fabricante de aeronaves no começo há um ano está sorrindo à toa. Isso porque, no intervalo dos últimos 12 meses, o ticker entregou uma valorização de 86% à carteira de investimentos de seus acionistas.

EMBR3

EMBRAER
Cotação

R$ 70,24

Variação (12M)

88,81 % Logo EMBRAER

Margem Líquida

5,91 %

DY

0.4%

P/L

23,53

P/VP

2,84