Engie (EGIE3) investe R$ 3 bi em hidrelétricas e amplia presença no Norte

Juntas, as unidades somam mais de 600 megawatts de capacidade instalada, reforçando a base de geração da empresa.

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Publicado em 24/03/2025 às 07:07h - Atualizado 5 dias atrás Publicado em 24/03/2025 às 07:07h Atualizado 5 dias atrás por Matheus Silva
Com a incorporação dessas usinas, a Engie eleva ainda mais sua presença no setor de geração limpa (Imagem: Shutterstock)
Com a incorporação dessas usinas, a Engie eleva ainda mais sua presença no setor de geração limpa (Imagem: Shutterstock)

💲 A Engie Brasil (EGIE3) anunciou nesta segunda-feira (24), que assinou um contrato para a aquisição de duas usinas hidrelétricas localizadas na região Norte do país, em uma operação avaliada em aproximadamente R$ 2,96 bilhões.

As usinas envolvidas são a Santo Antônio do Jari, situada no Rio Jari, entre os estados do Amapá e Pará, e a Cachoeira Caldeirão, instalada no município de Ferreira Gomes (AP), às margens do Rio Araguari.

Juntas, as unidades somam mais de 600 megawatts (MW) de capacidade instalada, reforçando significativamente a base de geração da Engie no Brasil.

A transação envolve a compra da Companhia Energética do Jari e da Empresa de Energia Cachoeira Caldeirão, atualmente controladas pelas multinacionais EDP e CTG.

O valor inclui tanto o montante pago pela participação acionária (equity value), estimado em R$ 2,29 bilhões, quanto a dívida líquida dos ativos, de aproximadamente R$ 671,5 milhões.

Com a incorporação dessas usinas, a Engie eleva ainda mais sua presença no setor de geração limpa.

O portfólio da empresa já conta com 115 usinas em operação no Brasil — das quais 11 são hidrelétricas — totalizando 11,3 gigawatts (GW) em capacidade instalada, sendo 9,6 GW próprios.

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Segundo comunicado da empresa, a aquisição faz parte da estratégia da Engie de investir em ativos operacionais com receitas previsíveis de longo prazo.

“A operação criará valor aos acionistas ao nos permitir alocar capital em ativos já operacionais e com receitas seguras e de longo prazo, com bom equilíbrio entre riscos e retornos, onde poderemos aplicar também toda a nossa reconhecida expertise em operação de hidrelétricas”, destacou o diretor financeiro e de relações com investidores, Eduardo Takamori.

O fechamento do negócio ainda depende da aprovação de órgãos reguladores, em especial do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), além do cumprimento de outras condições precedentes comuns a esse tipo de operação.

O que muda para o mercado?

📈 A aquisição sinaliza o apetite da Engie por ativos que entregam estabilidade e eficiência energética, alinhando-se à agenda de transição para fontes mais sustentáveis.

Em um momento em que o setor elétrico brasileiro passa por transformações regulatórias e desafios climáticos, a empresa reforça sua posição como uma das líderes em geração limpa e diversificada no país.

A aposta em hidrelétricas operacionais também pode ser vista como uma alternativa à construção de novas usinas, um processo que exige prazos longos e envolve maiores riscos socioambientais.

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