Empresas de minerais críticos recuam na bolsa diante de impasse com EUA
Produtora de lítio, a Sigma Lithium (S2GM34) chegou a cair mais de 3% na Nasdaq nesta 6ª (25).

As empresas de minerais críticos que operam no Brasil operam na maior parte em queda nesta sexta-feira (25), diante da notícia de que os Estados Unidos estão de olho nas reservas brasileiras.
🔎 Os Estados Unidos demonstraram interesse em fazer um acordo para a aquisição de minerais críticos brasileiros nessa quinta-feira (24), em meio às negociações sobre a tarifa de 50% que o presidente Donald Trump promete impor aos produtos do Brasil a partir de 1º de agosto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já indicou, contudo, que não gostou da ideia. Para ele, o Brasil precisa proteger suas riquezas, como os minerais críticos, o petróleo e o ouro. "Aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro", declarou.
📉 O impasse pesa sobre as ações das empresas que atuam no setor no Brasil, a exemplo da Sigma Lithium (S2GM34), que caía mais de 3% às 15h5.
A Vale (VALE3), que tem ampliado a produção de minerais críticos como cobre e níquel, também opera em queda. No mesmo horário, cedia 1,86%.
Empresas listadas no exterior
A Sigma Lithium é dona da Grota do Cirilo, mina localizada em Minas Gerais que abriga um dos maiores projetos de beneficiamento de lítio do mundo. E é a única empresa puramente do setor com papeis negociados na B3.
As demais companhias de minerais críticas que operam no Brasil têm papeis negociados no exterior e ainda não emitiram BDRs (Brazilian Depositary Receipt) ou mantêm o capital fechado. Entre as listadas em bolsa, contudo, boa parte também mostrava fraqueza no pregão desta sexta-feira (25).
A Ero Copper (ERO), por exemplo, produz cobre através de duas minas no Brasil e chegou a fazer um acordo com a Vale há cerca de um ano para expandir sua produção no país. Às 16h07, também recuava mais de 3% na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York).
Já a Lundin Mining Corporation (LUNMF) explora cobre no Brasil e recuava 1,09% no mercado de balcão da Nasdaq. Listadas na bolsa de Toronto, a Bravo Mining (BRVO) e a Meridian Mining (MNO) também operavam em queda.
A Atlas Lithium (ATLX), que diz ter a maior área de exploração de lítio no Brasil entre todas as empresas de capital aberto, por sua vez, oscilava entre altas baixas na Nasdaq.
Por outro lado, a AMG (AMS) escapou da queda na bolsa de Amsterdã, assim como as empresas listadas na Austrália, como Brazilian Rare Earths (BRE), Alvo Minerals (ALV) e Centaurus (CTM).
Minerais críticos
Minerais críticos são recursos minerais usados em setores estratégicos da economia mundial, como tecnologia, defesa e transição energética.
Lítio, cobalto, níquel e terras raras, por exemplo, são essenciais para a fabricação de baterias de veículos elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e semicondutores.
A demanda por esses produtos, portanto, tem crescido nos últimos anos. Contudo, a maior parte do refino desses minerais está concentrada na China.
Os Estados Unidos buscam, portanto, fontes alternativa de minerais críticos e o Brasil aparece como uma opção estratégica, pois tem a segunda maior reserva de terras raras do mundo, atrás apenas da China.
O governo americano, por sinal, já fez um acordo para garantir acesso aos minerais críticos da Ucrânia e também mira reservas africanas, além das brasileiras.

S2GM34
Sigma Lithium Resources CorpR$ 13,28
-39,22 %
-24,48 %
-%
-18,66
6,96

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