Eletrobras (ELET3) levanta R$ 4,7 bi com venda de térmicas para Âmbar
Este acordo marca um passo estratégico para a Eletrobras, especialmente no que tange à redução de riscos associados a suas distribuidoras.
💲 A Eletrobras (ELET3) informou nesta segunda-feira (10), a finalização de uma significativa venda de seu portfólio de termelétricas a gás natural.
A operação, avaliada em R$ 4,7 bilhões, foi concretizada com a Âmbar Energia, parte do grupo J&F, elevando substancialmente a capacidade instalada da compradora para 4,6 gigawatts (GW).
Este acordo marca um passo estratégico para a Eletrobras, especialmente no que tange à redução de riscos associados à sua distribuidora Amazonas Energia.
Esta última possui contratos de fornecimento de energia com a maioria das usinas agora vendidas, representando um histórico de inadimplência significativo para a Eletrobras.
Dentro dos termos acordados, a Âmbar Energia assumirá o risco de crédito imediatamente, relativo aos contratos de energia das usinas, que juntas somam 2 GW de potência. O portfólio inclui 12 usinas operacionais e um projeto em fase de implantação.
Notavelmente, 11 destas usinas estão situadas no Amazonas e uma no Rio de Janeiro. No ano de 2023, esses ativos geraram uma receita líquida de 2,4 bilhões de reais e um EBITDA de 1,1 bilhão.
Com a aquisição, a Âmbar não apenas expande sua presença geográfica para dois novos estados, mas também diversifica seu portfólio energético, que agora inclui usinas térmicas, hidrelétricas, fotovoltaicas e a biogás.
Este movimento é um claro indicativo do crescimento e fortalecimento da Âmbar no setor energético brasileiro.
Por outro lado, a Eletrobras enxerga essa venda como uma oportunidade para mitigar riscos operacionais e financeiros, otimizar seu portfólio e melhorar a alocação de capital.
📈 Além disso, a transação está alinhada com o objetivo da empresa de alcançar a neutralidade de carbono até 2030 ("net zero 2030").
O acordo ainda prevê mecanismos de segurança para a Eletrobras, como a transferência de todos os créditos contra a Amazonas Energia para a Âmbar, no caso de uma eventual transferência de controle da distribuidora.
Adicionalmente, a Eletrobras mantém uma opção de compra que lhe permite capturar benefícios econômicos derivados da recuperação operacional e financeira da Amazonas Energia.
Essa operação é mais um exemplo de como grandes empresas do setor elétrico estão redefinindo suas estratégias e portfólios para adaptar-se a um mercado energético em rápida transformação, priorizando a sustentabilidade e eficiência operacional.
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