Congresso aprova Orçamento de 2025 e separa R$ 50 bi para emendas
O orçamento do Bolsa Família sofreu um corte de R$ 7,7 bilhões.

O Congresso Nacional aprovou, na noite desta quinta-feira (20), o Orçamento para 2025. Os deputados aprovaram um texto-base de R$ 5,7 trilhões.
💰 No formato, foi separado R$ 1,5 trilhão para o refinanciamento da dívida pública. O texto também prevê um superávit primário de R$ 15 bilhões, excluindo despesas com precatórios.
Do total aprovado, R$ 50 bilhões foram destinados a emendas parlamentares, enquanto R$ 24,7 bilhões foram para emendas individuais, R$ 14,3 bilhões para bancadas estaduais e R$ 11,5 bilhões para emendas de comissão.
Por outro lado, houve corte em programas importantes, caso do Bolsa Família, que teve o orçamento reduzido em R$ 7,7 bilhões. Já o programa Pé-de-Meia não teve seus recursos incluídos no Orçamento.
O pacote aprovado pelos parlamentares já prevê o salário mínimo de R$ 1.518, conforme foi ajustado pelo governo Lula (PT) no começo do ano. Desta forma, o Congresso aprovou R$ 27,9 bilhões para reajustes de servidores públicos.
📈 Leia mais: Selic sobe, mas Brasil cai no ranking de maiores juros reais do mundo
Outro programa que foi ampliado foi o Minha Casa, Minha Vida, que agora deve receber famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil em um novo formato. Para isso, foram reservados R$ 18 bilhões.
O projeto de Lei Orçamentária é formalizado pelo governo da situação e deve passar por análise do Congresso, que pode fazer ajustes nos valores propostos. Com a sanção do presidente, o Executivo fica livre para usar os recursos de forma integral, com base nas regras aprovadas em Brasília.
No Senado, o relator da proposta foi Ângelo Coronel (PSD-BA) que apresentou seu relatório durante a manhã. Depois disso, o texto foi submetido à Comissão Mista de Orçamento, que tinha a responsabilidade de se debruçar no projeto antes de enviá-lo ao plenário.
O PLOA foi aprovado com três meses de atraso, depois de um acordo costurado pela nova ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Ela fechou questão com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), em torno do pagamento das emendas parlamentares do ano passado que estão bloqueadas.
As dívidas judiciais que a União tem de pagar -os precatórios, que somam R$ 44 bilhões- ficaram de fora do Orçamento de 2025. Caso elas fossem incluídas no PLOA, o governo teria um déficit de R$ 40,4 bilhões, equivalente a 0,33% do PIB (Produto Interno Bruto).

Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano

Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima

3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país

Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados

Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump

Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos

Renda fixa isenta bate recorde em 2024 e só em novembro já são R$ 2,2 bi com pessoas físicas
Anbima revela que debêntures e CRIs foram os grandes responsáveis para que empresas captassem pico de R$ 677,3 bilhões nos últimos 11 meses

FI-Infra: Qual pagador de dividendos mensais está mais acima do Tesouro Direto?
Fundos de infraestrutura investem o dinheiro dos cotistas em debêntures, que estão pagando bem mais que a renda fixa do governo