Selic sobe, mas Brasil cai no ranking de maiores juros reais do mundo
Brasil aparece na 4ª posição do ranking, com uma taxa real de 8,79% ao ano.

A Selic subiu para 14,25% ao ano nessa quarta-feira (19), atingindo o maior patamar em quase nove anos. Ainda assim, o Brasil caiu no ranking de maiores juros reais do mundo.
💲 O Brasil tinha o maior juro real do mundo no início deste ano, mas agora aparece na quarta posição do ranking elaborado pelas consultorias MoneYou e Lev Intelligence.
O juro real é a taxa de juros depois de descontado o efeito da inflação. Por isso, reflete o rendimento efetivo de um investimento ou o custo real de crédito.
Leia também: Copom eleva Selic para 14,25% ao ano e prevê nova alta
O levantamento da MoneYou e da Lev Intelligence considera os juros e a inflação projetada para os próximos 12 meses. A taxa brasileira, por exemplo, é calculada com base nas expectativas de inflação coletadas pelo Boletim Focus e na taxa de juros DI com vencimento em 12 meses.
📉 Os juros futuros do Brasil, contudo, vêm cedendo neste início de 2025, depois de atingirem picos no final de 2024. Por isso, o juro real brasileiro caiu de 9,18% em 31 de janeiro para 8,79% ao ano nessa quarta-feira (19), mesmo com a nova alta da Selic.
Com isso, o Brasil aparece atrás de Turquia (11,90%), Argentina (9,35%) e Rússia (8,91%) no ranking dos maiores juros reais do mundo.
Veja os 10 maiores juros reais do mundo:
- Turquia: 11,90%;
- Argentina: 9,35%;
- Rússia: 8,91%;
- Brasil: 8,79%;
- Indonésia: 6,48%;
- México: 4,82%;
- Colômbia: 4,72%;
- África do Sul: 3,59%;
- Índia: 3,03%;
- Filipinas: 2,59%.
O levantamento da MoneYou e da Lev Intelligence, conduzido pelo economista Jason Vieira, analisou os juros reais de 40 países.
Neste grupo, 28 países apresentam juros reais positivos. Contudo, a taxa é inferior a 1% em oito desses países.
Outros 12 países têm juros reais negativos, com destaque para a Holanda, que tem uma taxa de -3,73% no momento.
A média dos 40 países pesquisados é de 1,70%. "O movimento global de políticas de aperto monetário perdeu força, sendo o contexto majoritário de manutenção das taxas, porém, cortes ganharam força recentemente", diz a pesquisa.
Os Estados Unidos, por exemplo, mantiveram suas taxas de juros nessa quarta-feira (19). Com isso, apresentam uma taxa de juros real de 1,01%.

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