Casas Bahia (BHIA3) e Mercado Livre (MELI34) se unem para ampliar vendas
Casas Bahia vai vender eletrodomésticos, eletrônicos e móveis no Mercado Livre.

Com a concorrência cada vez maior no varejo físico e online, a Casas Bahia (BHIA3) e o Mercado Livre (MELI34) decidiram unir suas forças para ampliar as vendas no Brasil.
📱 Com isso, a Casas Bahia passará a vender eletrodomésticos, eletrônicos e móveis na plataforma do Mercado Livre a partir de novembro.
Embora já tenha o seu próprio e-commerce, a varejista brasileira acredita que a parceria pode atrair novos consumidores para os seus produtos "core". Afinal, o Mercado Livre tem mais de 100 milhões de clientes no Brasil e registrou 68 compras por segundo no país em 2024.
A expectativa da Casas Bahia é, portanto, ampliar os negócios e, assim, consolidar-se como líder na venda de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis no varejo omnichannel brasileiro.
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"Essa aliança nos permitirá ganhar market share, alavancar nossa operação e otimizar o uso do nosso ecossistema, incluindo soluções logísticas, de crédito e serviços", disse o CEO da Casas Bahia, Renato Franklin.
Segundo ele, "mais do que uma expansão de canal, trata-se de uma evolução no modelo de negócio do Grupo Casas Bahia — uma Companhia cada vez mais eficiente, conectada e preparada para o futuro do varejo nacional".
🎁 Já o Mercado Livre deve se beneficiar da escala e da expertise da Casas Bahia nesses segmentos. Por isso, já fala em "uma nova fase para o e-commerce de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis no Brasil".
"A chegada de uma marca histórica e com forte conexão com o consumidor brasileiro reafirma o nosso propósito de seguir desenvolvendo e fortalecendo o e-commerce no país", afirmou o vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, Fernando Yunes.
Vale ressaltar ainda que a parceria começa em um momento estratégico, dada a proximidade com a Black Friday e as festas de fim de ano -eventos em que a procura por eletrônicos e eletrodomésticos cresce naturalmente no Brasil.
O que dizem os analistas?
No geral, os analistas avaliaram que este é um movimento de "ganha-ganha" para Casas Bahia e Mercado Livre.
Para a Genial Investimentos, "a troca é clara": "O Mercado Livre aporta tráfego, conveniência e capilaridade. A Casas Bahia leva reputação, escala e catálogo. Para o consumidor, a experiência tende a ganhar em confiança e serviço".
Os analistas ainda lembraram que "mais escala pode acelerar giro, melhorar condições com a indústria e diluir despesas operacionais". O efeito combinado pode, então, reforçar a margem Ebitda e apoiar a desalavancagem financeira da Casas Bahia.
A XP já espera resultados positivos neste quarto trimestre. A casa explica que a parceria adiciona um canal relevante, com tráfego significativo, para impulsionar as vendas da Casas Bahia, justamente na Black Friday. E ainda pode ajudar o Mercado Livre, já que o marketplace poderá oferecer um sortimento maior a preços competitivos e entrega rápida na categoria de duráveis.
O Santander reforçou a visão positiva, dizendo que a Casas Bahia deve ganhar escala e melhorar sua alavancagem operacional ao acessar uma base maior de clientes, enquanto o Mercado Livre poderá fortalecer a sua atuação em uma das "categorias historicamente mais desafiadoras" do e-commerce.
"Para o Mercado Livre, a parceria tornará sua plataforma ainda mais abrangente, adicionando um dos maiores players nacionais em categorias que historicamente apresentaram maiores desafios, já que vendedores menores não conseguiram ser tão competitivos quanto Casas Bahia ou Magazine Luiza", afirmou o Santander.
Magalu sai perdendo?
O Magazine Luiza (MGLU3), por outro lado, foi apontado por analistas como o possível perdedor dessa parceria.
Segundo o Santander, o Magalu pode sofrer alguma pressão adicional em suas vendas online, dada a força combinada esperada da parceria entre Casas Bahia e Mercado Livre.
A Genial também disse que "a notícia tende a ser negativa para a Magalu, pois reforça a concentração de tráfego e subsídios nas plataformas líderes".
A XP foi na mesma linha, dizendo que a parceria provavelmente envolve algum tipo de exclusividade ou limitação para as companhias. "Por exemplo, a BHIA limitada a parcerias com outras plataformas e/ou o MELI com outros varejistas relevantes na categoria", explicou.
Não à toa, enquanto as ações da Casas Bahia operam em disparada, as do Magazine Luiza caem forte na bolsa nesta quinta-feira (23).
Às 16h57, os papeis da Casas Bahia subiam 12,06%. Já as do Magalu caiam 4,80% e os BDRs do Mercado Livre ganhavam 0,84%.

BHIA3
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