Brasileiros já pagaram mais de R$ 3 trilhões em impostos em 2024
Valor foi atingido quase dois meses antes do que o registrado em 2023
🛃 Na manhã desta sexta-feira (1º), o Impostômetro registrou a marca de R$ 1 trilhões. Esse número reflete o valor total que os brasileiros pagaram em impostos em 2024.
O Impostômetro é um painel gigante que fica exposto no centro de São Paulo com estimativas atualizadas sobre o pagamento de tributos no país. No fechamento desta reportagem, o valor já havia subido mais R$ 2,4 bilhões.
Segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), responsável pela ferramenta, o painel registrou a marca de R$ 1 tri muito antes do que foi registrado no ano passado. Em 2023, a marca foi atingida em 25 de dezembro, quase dois meses depois.
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Segundo Marcel Solimeo, dois principais fatores explicam esse aumento na arrecadação: crescimento da economia junto de uma inflação em aceleração. Ele destaca que essa soma faz com que, naturalmente, a contribuição de impostos aumente em todo o país.
O especialista também pontua que em 2024 muitos dos impostos que foram retirados durante a pandemia foram normalizados. Em sua análise, só em 2025 se poderá ter uma visão mais real se o aumento da arrecadação está atrelado ao crescimento da economia brasileira.
"Os impostos sobre combustíveis voltaram ao normal. Os produtos de valor mais alto, que não foram vendidos na pandemia, como veículos, agora estão sendo vendidos e, claro, isso aumenta a arrecadação", diz o economista da ACSP.
O que é possível comprar com R$ 3 trilhões?
🛒 Um cálculo da ACSP mostra o que seria possível comprar no Brasil com R$ 3 trilhões na conta bancária. Casas, carros, celulares, cestas básicas e até próteses dentárias foram incluídos nesta simulação.
Segundo a entidade, seria possível adquirir 42,8 milhões de carros populares disponíveis no mercado brasileiro. Para quem prefere investir em casas, o montante equivale a 43,1 mil imóveis populares.
"Arrecada-se bem, mas gasta-se mal e a expectativa é que essa alta continue no ano que vem. Isso não quer dizer que a arrecadação está progredindo, mas que a realização de serviços e investimentos em tecnologia e melhorias para a população está regredindo", afirma João Elói Olenike, presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
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