Boeing (BOEI34) assume culpa por acidentes e deve pagar multa de US$ 500 mi

Duas aeronaves 737 Max caíram em 2018 e 2019

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Publicado em 08/07/2024 às 19:11h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 08/07/2024 às 19:11h Atualizado 3 meses atrás por Wesley Santana
Boeing é uma das maiores fabricantes de avião do mundo. Foto: Shutterstock
Boeing é uma das maiores fabricantes de avião do mundo. Foto: Shutterstock

✈️ A Boeing (BOEI34) se declarou culpada por dois acidentes que aconteceram em 2018 e 2019 quando mais de 340 pessoas morreram enquanto viajavam a bordo da aeronave 737 Max. A Justiça dos Estados Unidos impôs a fabricante de aeronaves uma multa de US$ 487 milhões, a máxima permitida no país.

Em documento obtido pelo jornal norte-americano The New York Time, a empresa assinou um acordo em que admitiu “uma conspiração para fraudar o governo federal dos Estados Unidos”. A empresa também garante que vai fazer no mínimo US$ 455 milhões em investimentos pelos próximos três anos para fortalecer a segurança das aeronaves.

Por meio de nota enviada à imprensa, a empresa confirmou o acordo e disse ser o começo da resolução do caso. “Chegamos a um acordo de princípio sobre os termos de uma resolução com o Departamento de Justiça", escreveu a companhia.

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Em outubro de 2018, um avião fabricado pela Boeing e operadora pela companhia aérea da Indonésia Lion Air caiu no mar, minutos depois de sua decolagem. Este foi o primeiro grande desastre provocado por um modelo 737 Max, que muitos especialistas consideravam seguro e moderno.

Em março do ano seguinte, outro exemplar da mesma aeronave, este operado pela Ethiopian Airlines caiu próximo do Aeroporto de Adu Dhabi, na Étiópia. Segundo investigação das agências de aviação, os acidentes ocorreram em condições semelhantes e estavam relacionados à função de estabilização de voo.

Com isso, os órgãos disseram que a Boeing minimizou a importância do dispositivo para cortar despesas com o treinamento dos pilotos.

Já no começo deste ano, um Boeing 737 Max 9 abriu suas portas de emergência em pleno voo nos Estados Unidos. A aeronave era de propriedade da Alaska Airlines e os pilotos conseguiram fazer um pouso de emergência sem deixar nenhum passageiro ferido.