Antes do balanço, Casas Bahia (BHIA3) entrega 10% com vitória milionária na Justiça

Empresa pode receber mais de R$ 600 milhões em ressarcimento de impostos

Publicado em 14/05/2025 às 14:30h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 14/05/2025 às 14:30h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana

Casas Bahia é uma das maiores varejistas do Brasil (Imagem: Shutterstuck)

Nesta quarta-feira (14), as ações da Casas Bahia (BHIA3) iniciaram o pregão com um verdadeiro salto, mostram dados da bolsa de valores. Nos primeiro minutos, os papéis avançaram 10,5%, passando a serem negociados acima de R$ 5,40.

🪑 O motivo para este desempenho foi uma vitória judicial que pode render alguns milhões para o caixa da varejista. Isso porque a Justiça de São Paulo decidiu de forma favorável a um pedido de ressarcimento de impostos referentes a um período de cinco anos.

O processo em questão tem um valor de R$ 632 milhões e agora já transitou em julgado, ou seja, não cabe mais recurso. A Casas Bahia pediu um reembolso de ICMS-ST por diferença de margem entre os anos de 2011 e 2016.

Em fato relevante divulgado depois da decisão, a companhia destacou que “os valores poderão ser monetizados através de venda ou naturalmente pela normalidade do negócio”.

Os investidores que apostaram no ticker da varejista em janeiro e mantiveram os papéis na carteira estão felizes. No acumulado deste ano, os papéis acumulam alta de 79%, um verdadeiro ponto fora da curva para as companhias deste setor.

Balanço das Casas Bahia

📄 A alta na bolsa também reflete a expectativa do mercado para o balanço da companhia que será divulgado na noite desta quarta, depois do fechamento do mercado. A Bloomberg acredita que a empresa deve apresentar um lucro líquido de R$ 415,7 milhões no primeiro trimestre de 2025, apresentando sinais de recuperação.

No entanto, a grande aposta dos analistas para esta temporada no setor de varejo é o Mercado Livre (MELI32), já que o marketplace tem mostrado um desempenho acima dos seus pares nos últimos períodos. A empresa argentina já divulgou seus números do 1T25, quando obteve uma receita líquida de R$ 5,9 bilhões, com crescimento de 37% no intervalo de um ano.

O número ainda veio bem acima das expectativas dos analistas que previam um avanço próximo de 7% na etapa anual. Por isso, bancos como o Morgan Stanley elevaram suas expectativas para o papel, fixando o preço-alvo em US$ 2.850 ante os R$ 2.560 anteriores.

Em Nasdaq, o ticker é negociado por US$ 2.540 nesta quarta, com alta superior a 1% no dia. Desde janeiro, os papéis acumulam crescimento de 44% na bolsa de tecnologia dos Estados Unidos.