Americanas (AMER3): Santander vende ações após levar calote da varejista

O banco não especificou o valor obtido com a alienação das ações.

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Publicado em 21/08/2024 às 17:27h - Atualizado 21 dias atrás Publicado em 21/08/2024 às 17:27h Atualizado 21 dias atrás por Elanny Vlaxio
O banco não divulgou dados sobre sua participação anterior (Shutterstock)
O banco não divulgou dados sobre sua participação anterior (Shutterstock)

Devido ao calote bilionário, alguns credores da Americanas (AMER3) acabaram se tornando acionistas da empresa. O Santander (SANB11) foi um deles, mas já iniciou o processo de redução de sua participação. Ao vender parte das ações que recebeu como pagamento, o banco está buscando minimizar as perdas. 

💸 Segundo comunicado da varejista, o banco agora é titular de 960.714.956 ações ordinárias, o equivalente a 4,87% do total de papéis, além de 459.388.618 bônus de subscrição. Essa redução se deve à venda de parte de sua participação, conforme divulgado na última terça-feira (20). Vale lembrar que, em 13 de agosto, o Santander detinha 6,99% das ações da Americanas.

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“O Banco Santander informa que a participação detida na Americanas não objetiva alterar sua composição do controle ou estrutura administrativa e não possuiu outro acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia além daquele referente aos 459.388.618 bônus de subscrição da Americanas...", diz o comunicado. 

💥 O banco também não quantificou o valor obtido com a alienação das ações da Americanas, no entanto, a quantia recuperada representa apenas uma parcela dos mais de R$ 3,5 bilhões que o banco tinha em exposição à varejista, em decorrência da dívida contraída pela empresa. Apesar de repentina, essa movimentação está em linha com as normas da B3, que exigem que os investidores comuniquem ao mercado qualquer compra ou venda de ações que ultrapasse 5% do capital social de uma companhia. 

O que aconteceu durante a semana? 

A informação chega após uma série de notícias envolvendo a varejista. Além de ainda não ter definido o número exato de lojas que serão fechadas ou abertas nos próximos meses, a companhia também reportou uma prejuízo de R$ 2,272 bilhões em 2023, sendo um consequência direta da crise financeira enfrentada pela empresa após uma fraude contábil que gerou um rombo superior a R$ 25 bilhões

💰 Já no primeiro semestre de 2024, a varejista registrou um prejuízo de R$ 1,412 bilhão, uma redução em relação ao mesmo período de 2023, quando a perda foi de R$ 3,203 bilhões. Além disso, a empresa revisou para cima o prejuízo referente ao ano de 2022, que passou de R$ 12,9 bilhões para R$ 13,2 bilhões. 

A empresa, no entanto, sinalizou uma possível recuperação ao apresentar um Ebitda Ajustado positivo de R$ 265 milhões no primeiro trimestre de 2024. Esse resultado representa uma importante reversão em relação ao prejuízo de R$ 2,411 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.

Adicionalmente, ainda nesta semana foi divulgado que o ex-CEO da varejista, Miguel Gutierrez, recebeu habeas corpus pela Justiça. A saga jurídica de Gutierrez teve início em junho de 2023, quando a PF (Polícia Federal) pediu sua prisão por envolvimento nas fraudes contábeis da empresa. Preso em Madri, na Espanha, Gutierrez foi solto em seguida, mas o caso ganhou novo capítulo em julho, com o MPF (Ministério Público Federal) solicitando sua extradição ao Brasil.

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