Americanas (AMER3) fixa nova data para grupamento de ações, confira

Companhia ainda espera concluir nos próximos dias o aumento de capital previsto no plano de recuperação judicial.

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Publicado em 24/07/2024 às 14:53h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 24/07/2024 às 14:53h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Americanas está na reta final do processo de reestruturação (Shutterstock)
Americanas está na reta final do processo de reestruturação (Shutterstock)

A Americanas (AMER3) vai agrupar as suas ações no próximo dia 26 de agosto, na proporção de 100 para 1.

O grupamento de ações estava previsto para o dia 17 de julho, mas foi adiado e teve a nova data anunciada nesta quarta-feira (24).

📉 De acordo com a Americanas, o grupamento será efetivado no dia 26 de agosto. Com isso, todas as ações da companhia serão negociadas de forma grupada a partir de 27 de agosto.

O objetivo da medida, que vai transformar cada lote de 100 ações da Americanas em um único papel, é elevar a cotação do ativo e, assim, tirar a empresa do grupo das penny stocks (ações que valem centavos) da B3.

As ações da Americanas são negociadas abaixo ou perto de R$ 1 desde agosto de 2023. Nesta quarta-feira (24), por exemplo, o papel era negociado por R$ 0,75 às 14h15.

Aumento de capital

O grupamento de ações da Americanas foi adiado em meio ao aumento de capital previsto no plano de recuperação judicial da companhia e foi reagendado agora porque a companhia pretende concluir o aumento de capital nos próximos dias.

O Conselho de Administração da Americanas vai se reunir nesta quinta-feira (25) para homologar o aumento de capital, por meio da subscrição privada de novas ações ordinárias. Com isso, as novas ações da companhia já devem começar a ser negociadas no dia seguinte, isto é, na sexta-feira (26).

💰 A Americanas pretende levantar até R$ 40,7 bilhões no aumento de capital. Por isso, vai emitir até 31,3 milhões de novas ações ordinárias a um preço de R$ 1,30 cada. A emissão mínima será de 9,4 milhões de ações, ou R$ 12,2 bilhões.

Só os acionistas de referência da companhia (o trio de bilionários Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles) devem entrar com R$ 12 bilhões na capitalização. Por isso, o trio passará a deter mais de 49% da varejista.

Os bancos credores também devem ficar com mais de 40% da Americanas, por meio da conversão de parte das dívidas em ações. Por isso, a participação dos acionistas minoritários pode cair para 2,5%. A operação foi aprovada pelos acionistas da empresa em assembleia realizada em 21 de maio.

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Justiça homologa plano

A Americanas também informou nesta quarta-feira (24) que a 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio homologou as deliberações sobre o Plano de Recuperação Judicial aprovadas pela pelos credores titulares da maioria dos créditos quirografários detidos contra a companhia.

A Americanas fez um acordo com os credores quirografários no último dia 17 de julho. O acordo prevê, entre outras coisas, a emissão de debêntures para a reestruturação dessa dívida e mecanismos mais flexíveis para a venda dos ativos da Americanas -as empresas Hortifruti Natural da Terra, Uni.Co, AME e Digital.

AMER3

AMERICANAS S.A
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