16 bilhões de senhas: Maior vazamento de dados da história atinge conta de brasileiros

Usuários de produtos do Google e Meta teriam sido impactados pela exposição das informações pessoais.

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Publicado em 20/06/2025 às 12:06h - Atualizado Agora Publicado em 20/06/2025 às 12:06h Atualizado Agora por Wesley Santana
Vazamento de dados expõe informações pessoais na internet e permite que criminosos apliquem golpes (Imagem: Shutterstock)
Vazamento de dados expõe informações pessoais na internet e permite que criminosos apliquem golpes (Imagem: Shutterstock)

Informações pessoais de mais de 16 bilhões de usuários foram vazadas na internet nos últimos dias. Estima-se que dados de milhares de brasileiros estejam na lista da exposição.

🤖 Segundo reportagem do Cybernews, um portal especializado nesta temática, os dados encontrados na internet somam senhas de contas cadastradas nas plataformas do Google (GOGL34) e da Meta (M1TA34). Isto é, os internautas com cadastro no Gmail, no Facebook ou Instagram, podem ter sido alvo do vazamento.

A origem desses dados ainda não foi descoberta, mas é sabido que essas senhas são usadas para acessar as contas em redes sociais e até plataformas empresariais. A identidade de cada usuário não teria sido revelada durante a busca dos cientistas.

A coleção de dados foi encontrada por cientistas e revelada pelo Cybernews, nesta quinta-feira (19). Os editores da publicação dizem que a análise das informações está sendo feita desde o começo de 2025.

“Descobriram 30 conjuntos de dados expostos contendo de dezenas de milhões a mais de 3,5 bilhões de registros cada. No total, descobrimos um número inimaginável de 16 bilhões de registros”, afirma Vilius Petkauskas, editor do Cybernews.

“O que é especialmente preocupante é a estrutura e a atualidade desses conjuntos de dados – não se trata apenas de vazamentos antigos sendo reciclados. Trata-se de inteligência nova e que pode ser usada para atacar em escala”, continuou o jornalista independente.

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Um dos cientistas envolvidos no caso diz se tratar não apenas de um vazamento, mas de um plano para a exploração desses dados de forma massiva. “Com mais de 16 bilhões de registros de login expostos, os cibercriminosos agora têm acesso sem precedentes a credenciais de pessoas físicas que podem ser usadas para invasão de contas, roubo de identidade e phishing direcionado”, disse ele, que preferiu não ser identificado.

Eles, no entanto, temem dizer exatamente o número de pessoas impactadas pelo caso, já que uma mesma pessoa pode ter dois ou mais cadastros na plataforma envolvida. “Não há como comparar os dados entre diferentes conjuntos de dados de modo efetivo, mas é seguro afirmar que há registos sobrepostos. Em outras palavras, é impossível dizer quantas pessoas ou contas foram realmente expostas”, completa.

O que fazer?

O vazamento de dados tem se tornado cada vez mais comum, com hackers tentando obter informações pessoais para praticar golpes ou monitorar pessoas pela internet. O problema ganha ainda mais gravidade considerando que os e-mails são usados para login em plataformas do governo.

Por isso, o FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos) emitiu um alerta pedindo que a população esteja mais atenta aos ataques de phishing, feitos especialmente via e-mail e SMS. Nesta operação, os criminosos enviam links falsos que, quando clicados, roubam informações pessoais das vítimas.

Já o Google pediu que seus usuários troquem as senhas de suas contas imediatamente, optando pela configuração com caracteres especiais. A empresa também pediu que seja ativada a dupla autenticação, em que, além da senha, as pessoas usam um aplicativo adicional para se conectar às suas contas.