Vale (VALE3) perde posto de 2ª maior empresa da B3 para o Itaú (ITUB4)
O valor de mercado da mineradora já encolheu R$ 26,5 bilhões em 2024, enquanto o do Itaú subiu R$ 5,6 bilhões

A Vale (VALE3) já perdeu R$ 26,5 bilhões em valor de mercado em 2024. Com isso, também perdeu o posto de segunda empresa mais valiosa da bolsa brasileira para o Itaú (ITUB4).
A Vale começou o ano com um valor de mercado de R$ 332,2 bilhões, atrás somente da Petrobras (PETR4), maior empresa da B3. Contudo, chegou ao final de janeiro valendo R$ 291,6 bilhões e agora é avaliada em R$ 305,7 bilhões.
📉 Em janeiro, o baque foi de R$ 40,6 bilhões, um valor de mercado equivalente ao de uma empresa como a Prio (PRIO3). Por isso, a companhia perdeu a terceira posição do ranking de empresas mais valiosas da B3 para o Itaú.
O banco também teve perdas em janeiro, mas bem menores que as da Vale. Começou o ano valendo R$ 307,4 bilhões e terminou o mês avaliado em R$ 297,1 bilhões, um valor de mercado R$ 5,5 bilhões superior ao da Vale.
Foi exatamente em 31 de janeiro de 2024 que o ranking de empresas mais valiosas da B3 mudou, com o Itaú assumindo a segunda posição, segundo levantamento realizado pelo CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero, a pedido do Investidor10.
Distância maior
Apesar de ter recuperado parte das perdas em fevereiro, a Vale continua no terceiro lugar do ranking de empresas com o maior valor de mercado da B3. E a distância para o Itaú aumentou, pois o banco passa por um momento de valorização na Bolsa.
Impulsionado sobretudo pelos resultados fortes de 2023, o Itaú ganhou R$ 15,9 bilhões em valor de mercado em fevereiro, até a sexta-feira (23). Com isso, vale cerca de R$ 313 bilhões atualmente. Isto é, cerca de R$ 7,3 bilhões a mais que a Vale.
Petrobras lidera
💰 O Itaú, contudo, ainda está bem distante da primeira colocada do ranking: a Petrobras, que vem batendo recordes em valor de mercado em 2024 e é avaliada atualmente em cerca de R$ 558 bilhões.
Veja as empresas mais valiosas da B3, segundo dados do Investidor10:
- Petrobras (PETR4): R$ 558,0 bilhões;
- Itaú (ITUB4): R$ 313,0 bilhões;
- Vale (VALE3): R$ 305,7 bilhões;
- Ambev (ABVE3): R$ 203,5 bilhões;
- BTG Pactual (BPAC11): R$ 170,3 bilhões;
- Banco do Brasil (BBAS3): R$ 164,6 bilhões;
- Weg (WEGE3): R$ 150,9 bilhões;
- Bradesco (BBDC4): R$ 140,1 bilhões;
- Eletrobras (ELET3): R$ 106,7 bilhões;
- Santander Brasil (SANB11): R$ 106,6 bilhões.
O que explica a queda da Vale
O valor de mercado da Vale está em queda em razão de uma série de desafios, como a indefinição do processo sucessório da empresa, a queda dos preços do minério de ferro, as dúvidas sobre o ritmo de crescimento chinês e a condenação judicial pelo rompimento da barragem de Mariana.
O mandato do atual presidente, Eduardo Bartolomeu, acaba em 26 de maio e a companhia ainda não decidiu se vai reconduzi-lo ao cargo. Parte dos acionistas defende a seleção de outro presidente, mas outro grupo é a favor da recondução, mesmo que seja por um período inferior aos três anos de costume.
O debate sobre o processo sucessório ganhou força depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentar indicar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo. A possibilidade, no entanto, derrubou as ações da Vale em janeiro e foi descartada. Ainda assim, o Conselho de Administração da empresa ainda busca um acordo sobre o assunto.
A decisão da Justiça de condenar Vale, Samarco e BHP ao pagamento de uma indenização de R$ 47,6 bilhões pelo rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, também pesou sob as ações da mineradora em janeiro. Além disso, a companhia vem sofrendo há algum tempo com a queda do preço do minério de ferro e a possibilidade de redução da demanda chinesa pela commodity.
O lucro líquido da Vale caiu 53,6%, para R$ 39,9 bilhões, em 2023 em razão desses problemas, sobretudo da redução dos preços de minério de ferro, cobre e níquel. As ações da empresa, no entanto, subiram na sexta-feira (23) na B3, na esteira da divulgação do balanço.
O mercado avaliou que parte do recuo do lucro se explica pelas provisões relacionadas ao rompimento da barragem de Mariana e diz que a empresa apresentou dados operacionais fortes. A companhia produziu 321,154 milhões de toneladas de minério de ferro em 2023, superando a meta de 315 milhões de toneladas.
No geral, a avaliação do mercado é de que, apesar de ruídos como o da sucessão presidencial e de contratempos como a decisão judicial de Mariana, a Vale está bem posicionada operacionalmente. A mineradora, por sinal, anunciou o pagamento de R$ 11,72 bilhões em dividendos junto com o balanço de 2023.

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