Petróleo desbanca soja e lidera, pela primeira vez, exportações brasileiras

🥇 Pela primeira vez desde o início da série histórica da balança comercial em 1997, o petróleo se tornou o principal produto exportado pelo Brasil no acumulado de janeiro a novembro. O valor total das exportações de petróleo nesse período atingiu US$ 42,76 bilhões, representando um crescimento de 9,5% em comparação com o mesmo período de 2023.

A soja, líder nas exportações brasileiras em 2023, caiu para a segunda posição em 2024, com um valor exportado de US$ 42,08 bilhões até novembro, representando uma queda de 17,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. O minério de ferro assumiu a terceira posição, com exportações de US$ 27,64 bilhões, um aumento de 2%.

🛢️ A liderança das exportações brasileiras deve mudar em 2024. Devido ao fim da safra de soja, o petróleo está prestes a superar o grão como principal produto exportado. Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram que, em novembro, a média diária de exportação do petróleo (US$ 238,22 milhões) foi quase quatro vezes maior que a da soja (US$ 58,56 milhões).

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Com isso, o petróleo aumentou sua participação nas exportações brasileiras, passando de 12,6% em 2023 para 13,7% em 2024. Por outro lado, a soja teve uma queda em sua participação, de 16,5% para 13,5% no mesmo período. Apesar da queda de 4,3% no preço médio do petróleo em 2024, o aumento de 14,4% no volume exportado compensou essa baixa.

📊 Na outra ponta, a soja enfrentou uma queda de 1,3% na quantidade exportada e de 16,9% no preço médio. A queda nas exportações de soja se deve principalmente à redução da safra de 2023/2024. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que a produção total de soja nesse período foi de 147,38 milhões de toneladas, 7,23 milhões de toneladas a menos que a safra anterior.

Em 2023, com uma safra recorde, a soja liderou as exportações brasileiras. No entanto, o setor petrolífero brasileiro segue em expansão. Após um ano recorde em 2023, a produção de petróleo continuou crescendo em 2024, com um aumento de 0,3% até outubro, segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo).