Petrobras (PETR4) e Shell ampliam participação no pré-sal pagando R$ 8,8 bi

As empresas arremataram participações da União nos campos de Mero e Atapu, em Santos.

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Publicado em 04/12/2025 às 16:42h - Atualizado Agora Publicado em 04/12/2025 às 16:42h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Petrobras disse que aquisição faz parte do plano de repor reservas (Imagem: Shutterstock)
Petrobras disse que aquisição faz parte do plano de repor reservas (Imagem: Shutterstock)

Petrobras (PETR4) e a Shell (SHEL) vão ampliar a sua presença no pré-sal, a principal fronteira de produção de petróleo do Brasil.

As companhias arremataram áreas dos campos de Mero e Atapu que pertenciam à União, durante leilão realizado nesta quinta-feira (4) na B3.

💰 Os lances somaram R$ 8,8 bilhões, sendo R$ 6,97 bilhões da Petrobras e o R$ 1,83 bilhão restante da Shell.

O pagamento será realizado em dezembro. Já a assinatura dos contratos está prevista para ocorrer até março de 2026.

Segundo a Petrobras, "o desembolso já estava previsto pela companhia e os volumes, embora não previstos, estão dentro da margem de +-4% da projeção da curva de produção do Plano de Negócios 2026-30".

A estatal disse ainda que a aquisição está alinhada a sua estratégia de longo prazo de garantir a reposição das reservas de óleo e gás com resiliência econômica e ambiental.

Já a Shell afirmou que o investimento fortalece a sua posição em áreas em que já possui ativos, além de apoiar o objetivo de manter uma produção de 1,4 milhão de barris por dia até 2030.

"A proposta vencedora de hoje reforça nossa abordagem disciplinada para expandir o portfólio de alta margem da Shell no Brasil", acrescentou o presidente da divisão de Upstream da Shell, Peter Costello.

As aquisições

🛢️ Petrobras e Shell já atuam em Mero e Atapu e agora ampliam a sua participação nesses campos, que ficam na Bacia de Santos.

Em um consórcio com participação de 80% da Petrobras e 20% da Shell, as empresas adquiriram uma participação de 3,5% da União na jazida compartilhada de Mero por R$ 7,8 bilhões.

Em Atapu, a aquisição foi de 0,950% da jazida compartilhada por R$ 1 bilhão, mas o consórcio tinha uma participação de 73,24% da Petrobras e 26,76% da Shell.

Com isso, a Petrobras ampliou a sua participação em Mero de 38,60% para 41,40%. Já a fatia da estatal em Atapu subiu de 65,687% para 66,38%.

No caso da Shell, a participação subiu de 19,3% para 20% em Mero e de 16,663% para 16,917% em Atapu.

Governo queria mais

O governo federal vai usar os R$ 8,8 bilhões obtidos com o leilão desta quinta-feira (4) para ajudar a fechar as contas deste ano.

📊 A arrecadação, no entanto, ficou abaixo do previsto pelo Executivo, que esperava levantar R$ 10,2 bilhões com o leilão.

A diferença ocorreu porque a União também pretendia leiloar uma participação no campo de Tupi, mas não recebeu propostas de empresas interessadas neste lote.

Ainda assim, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, exaltou o resultado do leilão. Segundo ele, "isso se traduz em mais investimentos, mais arrecadação e mais desenvolvimento socioeconômico para o Brasil".

As áreas leiloadas ainda não possuíam contratos de exploração e produção. Por isso, a expectativa é de que a transferência desses ativos para as empresas eleve a produção nacional de petróleo e gás e também a arrecadação futura da União.

"O certame permite a entrada de empresas qualificadas para o desenvolvimento dessas áreas, garantindo à União participação direta nos resultados da produção, por meio de bônus de assinatura e da partilha do excedente em óleo", explicou o Ministério de Minas e Energia.

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