Petrobras (PETR4) busca parceiros para voltar a produzir etanol
Estatal pretende fazer uma joint venture com um grande produtor para voltar ao setor de etanol já com uma "operação relevante".
A Petrobras (PETR4) decidiu retomar a produção de etanol, abandonada há quase dez anos. Por isso, pretende fazer parcerias com grandes produtores e investir US$ 2,2 bilhões no setor nos próximos cinco anos.
⛽ A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta sexta-feira (22) que "não tinha explicação para não estar no etanol, que é o principal competidor da gasolina".
Dados apresentados pela estatal explicam que demanda por gasolina deve cair, enquanto a demanda por etanol continuará crescendo até 2040, já que biocombustíveis são vistos como uma alternativa natural para a descarbonização do setor de transporte e o percentual de etanol adicionado à gasolina deve subir nos próximos anos.
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A estatal incluiu, então, a volta ao segmento de etanol no seu novo planejamento estratégico. Contudo, quer retornar ao setor com uma operação relevante, para ter condições de disputar a liderança de mercado já nos próximos anos. Por isso, esse retorno será feito por meio de parcerias com grandes produtores.
🤝 Segundo Magda, a Petrobras já está conversando com "4 ou 5 empresas". O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, Mauricio Tolmasquim, explicou que a ideia é fazer uma joint venture. Ou seja, criar uma nova empresa com um parceiro que entre com unidades de produção. A Petrobras, por sua vez, trabalharia na ampliação dessa capacidade e ainda poderia usufruir da sua infraestrutura de transporte de combustíveis.
Segundo ele, a estatal pode atuar no Centro-Oeste, se decidir apostar no etanol de milho, ou em São Paulo, caso invista em etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. Ele comentou, por sua vez, que o etanol de milho "vem crescendo mais no país" e "tem se mostrado uma alternativa interessante".
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Diante dessa estratégia, a Petrobras acredita que esse negócio deve ser implementado com celeridade. Tolmasquim explicou que a empresa "só precisa chegar a um acordo estratégico" e aprovar a parceria dentro da sua governança.
Dada a premissa de mirar em projetos que geram valor para os acionistas, o diretor ressaltou também que a produção de etanol tem sinergia com outras atividades da Petrobras e é um negócio "bastante rentável, atrativo economicamente". Ele não deu detalhes do retorno esperado, mas garantiu que deve ficar "bem acima de 10%".
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