Mais de 30 empresas listadas na B3 anunciaram dividendos e JCP (Juros sobre o Capital Próprio) nesta semana.
💰 Ao todo, foram mais de R$ 18 bilhões em dividendos aprovados. E, em alguns casos, esses proventos passam de R$ 3 por ação.
O destaque é da Rede D'Or (RDOR3) que anunciou na sexta-feira (12) o pagamento de R$ 8,1 bilhões em dividendos e JCP.
Os proventos somam cerca de R$ 3,68 por ação e serão pagos ainda neste ano para quem for acionista da empresa ao final do pregão de 18 de dezembro. Ou seja, da próxima quinta-feira.
Suzano (SUZB3), Copel (CPLE3), Klabin (KLBN11) e Neoenergia (NEOE3) também anunciaram proventos bilionários.
A Direcional (DIRR3) não ficou muito atrás, pois aprovou de R$ 804,4 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 1,55 por ação.
💲 O movimento mostra que as companhias brasileiras seguem antecipando proventos para tentar escapar da taxação de dividendos prevista para 2026.
De acordo com a reforma do IR (Imposto de Renda), os dividendos serão taxados em 10% sempre que superarem os R$ 50 mil por mês por pessoa a partir do próximo ano.
Contudo, os dividendos aprovados até o final de 2025 ficarão livres da tributação, mesmo se forem pagos até 2028.
Por isso, muitas companhias têm olhado seus resultados, mas também suas reservas de capital para antecipar dividendos.
A Copasa (CSMG3), por exemplo, anunciou quase R$ 200 milhões em proventos extraordinários nesta semana, além de R$ 138 milhões em proventos regulares.
📈 Outra forma encontrada pelas empresas de escapar da taxação é a bonificação dos acionistas com novas ações, emitidas após a capitalização de reservas. A Cyrela (CYRE3) foi uma das quatro empresas que propuseram a operação só nesta semana.
E ainda dá tempo de garantir boa parte desses dividendos e bonificações. Por isso, o Investidor10 reúne abaixo os detalhes dos proventos anunciados nesta semana.
Vale lembrar que o pagamento de JCP está sujeito à retenção de 15% de IR (Imposto de Renda). O valor informado acima é o bruto. Logo, será menor para os acionistas que não têm direito a isenção ou imunidade tributária.
🏦 Além disso, o Itaú (ITUB4) divulgou o calendário dos juros sobre o capital próprio que serão pagos ao longo de 2026. O objetivo é pagar um valor bruto de R$ 0,01765 por ação no primeiro dia útil de cada mês do próximo ano.
A M. Dias Branco (MDIA3) também divulgou o calendário dos dividendos intercalares mensais de 2026. A ideia é pagar R$ 0,03 por ação no último dia útil de cada mês.
Já a HBR Realty (HBRE3) propôs o pagamento de R$ 120 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 1,1654 por ação. O provento precisa ser aprovado em assembleia de acionistas convocada para o próximo dia 30 de dezembro. Se confirmado, será pago para os acionistas registrados no dia da assembleia da seguinte forma:
📅 Além de anunciar mais de R$ 1 bilhão em dividendos e JCP, a Neoenergia (NEOE3) marcou para o dia 19 de dezembro (próxima sexta-feira) o pagamento de outros proventos anunciados nos últimos meses:
A Motiva (MOTV3) também vai pagar em 19 de dezembro os R$ 294,2 milhões em dividendos anunciados no último dia 5. É o equivalente a R$ 0,1463 por ação e a data de corte foi no último dia 10 de dezembro.
Já a Petrobras (PETR4) detalhou a forma de pagamento dos R$ 12,16 bilhões em proventos anunciados junto com o balanço do terceiro trimestre de 2025. O provento será pago para quem for acionista da estatal no próximo dia 22 de dezembro da seguinte forma:
A Valid (VLID3) decidiu parcelar em oito vezes o pagamento dos JCP anunciados em 28 de novembro, no valor total de R$ 1,50 por ação. Com isso, o pagamento será realizado entre março e dezembro de 2026, para quem era acionista da empresa em 28 de novembro.
Já a Cemig (CMIG4) confirmou para 30 de dezembro o pagamento da segunda parcela dos proventos referentes aos resultados de 2024. É o equivalente a mais de R$ 1,8 bilhão. Veja os detalhes:
🎁 As empresas listadas na B3 também têm apostado em aumentos de capital, mediante a bonificação dos acionistas, para remunerar seus investidores sem cair na taxação dos dividendos. Só nesta semana, quatro empresas disseram que pretendem seguir essa estratégia.
A Cyrela (CYRE3), por exemplo, pretende capitalizar R$ 2,49 bilhões da sua reserva de lucros, por meio da emissão de 72,8 milhões de novas ações a serem distribuídas gratuitamente aos investidores.
A ideia é entregar 0,1895 nova ação para cada 1 ação ordinária de titularidade do acionista na data de corte, prevista para 30 de dezembro. Contudo, precisa ser aprovada pela B3 e pelos acionistas da Companhia, em assembleia convocada para o próximo dia 31 de dezembro, para seguir em frente.
A Unifique (FIQE3) também propôs um aumento de capital, mediante a capitalização de parte do saldo contábil das suas reservas de lucros. O assunto está na pauta da assembleia convocada para 29 de dezembro.
A operação prevê a capitalização de R$ 200 milhões por meio da emissão de 37 milhões de novas ações. Com isso, a companhia deve entregar 1 nova ação para cada 9,53 ações detidas por seus investidores no próximo dia 29 de dezembro.
Já a GPS (GGPS3) aprovou um aumento de capital de R$ 1,3 bilhão, mediante a emissão de 72,7 milhões de novas ações que serão distribuídas gratuitamente aos acionistas. Será 1 nova ação para cada 9,3123 ações ordinárias detidas em 16 de dezembro, ou seja, na próxima terça-feira.
Da mesma forma, a Klabin (KLBN11) anunciou um aumento de capital de R$ 800 milhões, por meio da capitalização de parte do saldo da sua reserva de investimentos e capital de giro.
Com isso, a fabricante de papel e celulose vai emitir 61,7 milhões de novas ações e distribuir esses papeis para os seus acionistas. Será 1 nova ação para cada 100 ações da mesma espécie detidas no próximo dia 17 de dezembro. Ou seja, na próxima quarta-feira.
Por fim, a Dexxos (DEXP3) vai aumentar o seu capital social em R$ 130 milhões, por meio da capitalização de parte da sua reserva de investimentos.
Na operação, a companhia vai emitir 13,6 milhões de ações que serão distribuídas gratuitamente para os acionistas, na proporção de 1 nova ação para cada 8 ações detidas ao final do pregão de 19 de dezembro.
📈 Além disso, cinco empresas listadas na B3 aprovaram programas de recompra de ações que prometem maximizar a geração de valor para os acionistas.
O maior programa foi anunciada pela B3 (B3SA3), que prevê a recompra de até 230 milhões de ações entre março de 2026 e 28 de fevereiro de 2027.
Já a Renner (LREN3) pretende recomprar até 75 milhões de ações, a Localiza (RENT3) mira 72 milhões de ações e a MRV (MRVE3) prevê a recompra de até 24,1 milhões de ações nos próximos 18 meses.
A Tenda (TEND3), por sua vez, quer recomprar de até 2 milhões de ações até 30 junho de 2026, para atender as obrigações decorrentes do seu Programa de Incentivo de Longo Prazo com Ações.
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