Magazine Luiza (MGLU3) pode ser investigada por compra da KaBum!

Abradin protocolou denúncia à CVM pedindo investigações sobre negócio

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Publicado em 08/11/2023 às 13:34h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 08/11/2023 às 13:34h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
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O Magazine Luiza (MGLU3) pode ser investigado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Isso porque a Abradin (Associação Brasileira de Investidores Minoritários) protocolou, na última terça-feira (7), uma denúncia à CVM solicitando investigações sobre a compra da  KaBum! pela varejista.

Segundo a Abradin, os acionistas minoritários poderiam acabar pagando a conta da operação com a diluição de suas participações na varejista. Por isso, a associação solicita que quaisquer ajustes na compra sejam pagos exclusivamente pelos controladores do Magazine Luiza. 

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Em julho deste ano, os fundadores do KaBum!, Leandro Ramos e Thiago Ramos, pediram abertura de arbitragem na Câmara de Comércio Brasil Canadá, alegando que a varejista não teria pago os R$ 3,5 bilhões combinados pela operação. 

Foram pagos pelo Magazine Luiza R$ 1 bilhão, em dinheiro, de acordo com informações do jornal "Folha de S. Paulo". Os irmão receberiam R$ 125 milhões de ações do Magalu, porém os papéis sofreram forte desvalorização e o valor remanescente ficou abaixo dos R$ 500 milhões. Por isso, os fundadores do Kabum! pedem que o negócio seja desfeito ou que a varejista complete o valor, conforme o montante acordado previamente.

Segundo a Abrandin, o contrato deveria estabelecer o valor das ações usado no cálculo do pagamento pela  KaBum!. Com isso, ficaria em R$ 20 (valor do dia do fechamento do negócio). 

Assim, junto a um hedge das ações prometidas aos sócios da  KaBum!, as operações protegeriam o vendedor e os compradores de oscilações no valor de mercado do Magazine Luiza após a assinatura do contrato. 

"A má-fé, falta de seriedade e desleixo na condução da operação de incorporação não podem ter seus custos repassados, de forma alguma para os acionistas minoritários do Magalu", informou a Abradin à CVM.