Isenção de impostos na cesta básica pode demorar até 60 dias para ter efeito, diz Abras
Enquanto isso, ovo e café continuam impactando renda dos brasileiros.

Segundo a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a medida do governo de zerar o imposto de importação de alimentos básicos pode demorar até 60 dias para causar algum efeito nos preços. A entidade destaca que deve, sim, ocorrer uma diminuição nos preços de alguns itens, mas toda a cadeia necessita passar por esse ajuste.
🛒 Para Márcio Mila, vice-presidente da Abras, essa não é uma medida de curtíssimo prazo, que causa algum reflexo de imediato. Ele explica que as empresas não estavam preparadas para realizar esse tipo de importação.
Na semana passada, o governo federal oficializou a redução das tarifas de importação para uma série de alimentos da cesta básica. No caso de itens que sofreram ainda maior aumento, como café e açúcar, ficou acordada a isenção dos impostos para marcas que vêm do exterior.
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Na prática, o objetivo do governo é controlar a inflação que fechou o ano passado acima da meta. Além disso, o Planalto também quer conter uma onda de baixa popularidade motivada também pela alta dos preços.
“São medidas emergenciais para reduzir imposto, para reduzir custo de alimento e ajudar, neste momento excepcional, a reduzir a inflação, especialmente a inflação de alimentos”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin na ocasião. No total, as isenções representam uma perda de arrecadação de R$ 650 milhões no intervalo de um ano.
Café e ovo sobem mais
☕️ Um levantamento também feito pela Abras mostra que o preço da cesta básica foi de R$ 806,61 na média nacional no Brasil em fevereiro. Na comparação mensal, houve uma variação positiva de 0,73%, considerando que em janeiro, a pesquisa constatou R$ 800,75.
Segundo a entidade, o principal motivo para este movimento veio do ovo (+15%) e do café (+10%) que apresentaram as maiores altas entre os 35 itens pesquisados. A região Sul foi a que mais sentiu o avanço dos preços desses dois itens, seguida da Centro-Oeste.
Por outro lado, houve recuo no preço do feijão (-3%), do óleo de soja (-1,6%) e do arroz (-1,6%). Também houve destaque no preço da carne bovina que recuou 0,14% durante o mês.

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