IPCA acelera 0,56% em outubro e ‘fura’ teto da meta de inflação
A alta de outubro representa uma aceleração em relação ao índice de setembro, que foi de 0,44%.
📈 O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, registrou uma alta de 0,56% em outubro, um aumento acima das expectativas do mercado, que previa um crescimento de 0,53%.
Esse avanço é especialmente significativo, pois eleva a inflação acumulada em 12 meses para 4,76%, ultrapassando o teto da meta de 4,5% para 2024, definida pelo Banco Central com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A alta de outubro representa uma aceleração em relação ao índice de setembro, que foi de 0,44%, refletindo uma pressão inflacionária crescente.
Nos dez primeiros meses do ano, o IPCA acumulou um avanço de 3,88%, sinalizando a persistência de um cenário de custos elevados em áreas essenciais.
Principais componentes do aumento
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a alta foi puxada principalmente pelos grupos de habitação e alimentação.
O setor de habitação registrou um aumento expressivo de 1,49%, impulsionado pela elevação dos preços da energia elétrica residencial, que subiram 4,74%.
Este aumento da energia gerou um impacto de 0,20 ponto percentual no IPCA, evidenciando o peso significativo desse item no orçamento doméstico.
O grupo de alimentação e bebidas também foi responsável por uma parcela relevante da inflação, com alta de 1,06%.
Dentro deste grupo, o preço das carnes disparou 5,81%, representando o maior aumento mensal desde novembro de 2020.
➡️ Leia mais: Copom eleva Selic em 0,50 p.p., para 11,25% ao ano
De acordo com André Almeira, gerente do IPCA e INPC, essa alta pode ser atribuída à combinação de uma menor oferta de carne devido ao clima seco, redução do abate de animais e aumento das exportações.
A alimentação fora de casa também apresentou aumentos, com variações nos preços de refeições (0,53%) e lanches (0,88%), indicando uma aceleração em comparação ao mês anterior.
Transporte: Único grupo em queda
No lado oposto, o grupo de transportes foi o único a apresentar deflação, registrando uma queda de 0,38% em outubro.
O resultado foi fortemente influenciado pela redução nos preços das passagens aéreas (-11,50%) e nas tarifas de outros meios de transporte, como trem (-4,80%) e metrô (-4,63%).
Entre os combustíveis, o etanol (-0,56%), o óleo diesel (-0,20%) e a gasolina (-0,13%) também tiveram leves reduções de preços, exceto o gás veicular, que subiu 0,48%.
Perspectivas para a inflação e a meta do BC
Com a inflação em alta e superando o teto da meta, as expectativas se voltam para as possíveis reações do Banco Central.
A instituição já sinalizou que a política monetária está sob análise contínua para assegurar que a inflação se mantenha dentro do intervalo de tolerância.
🔴 Leia mais: Gestores ajustam expectativas para Selic e reduzem otimismo para Bolsa brasileira
No entanto, os dados de outubro reforçam que o controle inflacionário pode exigir ajustes mais incisivos, especialmente diante de fatores como a volatilidade dos preços de alimentos e energia.
A inflação persistente e os impactos econômicos causados por fatores sazonais e externos trazem desafios adicionais para o Banco Central no cumprimento de suas metas.
Analistas avaliam que o cenário inflacionário para o próximo ano dependerá de políticas assertivas, visando estabilizar os preços e proteger o poder de compra da população.
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
Selic a 10,75%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI
Saiba como está a rentabilidade da renda fixa bancária isenta de imposto de renda
Petroleira paga taxa equivalente a IPCA+ 9,50% ao ano em debêntures isentas
BTG Pactual vê oportunidade em renda fixa isenta de imposto emitida por empresa que acaba de se fundir na bolsa brasileira
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos
CRAs e CRIs pagando até 14,40% ao ano em renda fixa isenta; veja rentabilidade
Ferramenta do Investidor10 simula qual pode ser a rentabilidade de créditos privados isentos de imposto de renda
Onde brasileiros investem dinheiro sacado da poupança em 2024? XP revela
Corretora aponta quais investimentos de renda fixa estão recebendo aportes provenientes da caderneta
Selic a 11,25%: Quanto rende o seu dinheiro em LCA e LCI a 96% do CDI
Renda fixa isenta de imposto de renda volta a pagar mais de 1% ao mês, com remuneração líquida de 12,32% ao ano