Investimentos em 2025: Ouro e Ibovespa sobem quase 30%; Bitcoin e ações americanas afundam 35%
Renda variável brasileira ressurge das cinzas no primeiro trimestre do ano, enquanto ativos internacionais e criptomoedas entram em liquidação.

💰 2025 traz uma narrativa aos principais investimentos bastante diferente: se no ano passado a renda variável brasileira penava ( Ibovespa, fundos imobiliários e small caps), agora é ela que tem entregue as maiores alegrias aos investidores. Por outro lado, ativos internacionais, como as próprias BDRs negociadas diretamente no Brasil, e as criptomoedas consagradas na figura do Bitcoin (BTC) agora andam bem descontadas, após terem se valorizado bastante em 2024.
A palavra disparidade é melhor definição, segundo o Einar Rivero, CEO da Elos Ayta, para entender o que está acontecendo com as principais categorias de investimentos em 2025. O especialista computou os desempenhos dos principais ativos do mercado financeiro e encontrou até quem venceu as ações brasileiras neste primeiro trimestre do ano.
"O ouro se destacou como o grande vencedor do período, com valorização de +19,49% nos primeiros três meses do ano, impulsionado pelo cenário global de aversão ao risco e busca por proteção", afirmou o consultor de dados financeiro.
🚀 Mesmo assim, não rouba parte dos holofotes que as ações brasileiras e até fundos imobiliários voltaram a ter nesses primeiros três meses do ano, recolocando a renda variável local no radar dos investidores arrojados e com perfil de longo prazo.
Um fato peculiar é que as ações de menor capitalização, geralmente apelidadas de "ações de crescimento" ou a pimentinha nas carteiras dos investidores, voltaram a ter protagonismo positivo após um longo ciclo de baixo. O estudo da Elos Ayta está se referindo ao índice Small Caps, cuja valorização foi de +8,87%, inclusive superando o desempenho do Ibovespa, que avançou +8,29%.
Outra notícia que muitos investidores aguardavam se confirmou ao longo do trimestre, a recuperação do Ifix (índice que traz o desempenho médio dos fundos imobiliários mais negociados), que edificou ganhos de +6,32%, ocupando o quarto lugar do pódio no estudo elaborado por Einar Rivero.
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Renda fixa no meio do caminho
Embora muito se tenha falado da renda fixa como uma das queridinhas tanto dos tubarões da Faria Lima quanto dos investidores pessoas físicas para 2025, fato é que os principais índices de referência da categoria ficaram no meio do caminho. Ou seja: não entregaram os maiores ganhos de uma vida, mas também estiveram longe de ser os piores da praça.
🔎 Prova disso é que o IMA Geral, um índice formulado pela Anbima que acompanha uma cesta diversificada de títulos públicos (pois é, aqueles mesmos que estão disponíveis no Tesouro Direto), teve lucro de +3,36%. Pode até não parecer muita coisa, mas já está bem acima do santo graal de 1% ao mês que muitos procuram nos investimentos mais conservadores.
O próprio CDI, uma taxa de referência que baliza vários investimentos de renda fixa e acompanha de perto a taxa Selic, premiou +2,94% quem decidiu emprestar dinheiro para bancos ou empresas, esperando receber em troca pelo menos 100% do CDI.
Até mesmo a velha caderneta de poupança entregou lucros de quase 2% ao mês, embora seja possível ter acesso a outros investimentos em renda fixa com o nível de segurança e também cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito).
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Ações americanas e criptomoedas na berlinda
Se por um lado, muitos podem enxergar apenas uma perda de valor em seu patrimônio, os investidores de longo prazo podem interpretar a recente correção sofrida pela maioria das ações americanas e quase todas as criptomoedas no acumulado de 2025 como uma oportunidade para investir com preços de liquidação.
⚠️ Só que também é preciso entender quais são as causas para que os ativos internacionais (normalmente mais rentáveis que os investimentos brasileiros) e o Bitcoin (a maior criptomoeda em valor de mercado do mundo) estejam em uma maré negativa, para assim procurar tomar as melhores decisões de investimentos.
Para Einar Rivero, os investimentos atrelados a ativos internacionais sofrem fortes perdas no momento tanto pelo temor dos investidores globais quanto pela valorização do real brasileiro ante o dólar americano, citando o caso do índice BDRX, que mede o desempenho dos BDRs (recibos negociados diretamente na B3 que representam ações americanas), que tombou mais de −15%.
Por sua vez, o Bitcoin teve o pior desempenho do período, com uma desvalorização de −19,26%, em meio a um cenário de maior regulação e realização de lucros por investidores.
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Investimentos no 1º trimestre de 2025:
- Ouro (Proteção do patrimônio): +19,49%;
- Small Caps (Ações de crescimento): +8,87%;
- Ibovespa (Ações brasileiras): +8,29%;
- Ifix (Fundos imobiliários): +6,32%;
- IDIV (Ações pagadoras de dividendos): +6,19%;
- IMA Geral (Cesta de títulos do Tesouro Direto): +3,36%;
- CDI (Renda fixa colada na taxa Selic): +2,94%;
- Poupança (Investimento conservador): +1,88%;
- IHFA (Índice de fundos multimercados): +1,00%;
- Euro (Taxa de referência do Banco Central): −3,68%;
- Dólar (Taxa de referência do Banco Central): −7,27%;
- BDRX (Ações americanas listadas no Brasil): −15,69%;
- Bitcoin (Criptomoedas): −19,26%.
Investimentos em março de 2025
- Ouro (Proteção do patrimônio): +10,79%;
- Small Caps (Ações de crescimento): +6,73%;
- Ifix (Fundos imobiliários): +6,14%;
- Ibovespa (Ações brasileiras): +6,08%;
- IDIV (Ações pagadoras de dividendos): +5,52%;
- Euro (Taxa de referência do Banco Central): +1,92%;
- IMA Geral (Cesta de títulos do Tesouro Direto): +1,13%;
- CDI (Renda fixa colada na taxa Selic): +0,91%;
- Poupança (Investimento conservador): −0,58%;
- IHFA (Índice de fundos multimercados): −0,02%;
- Dólar (Taxa de referência do Banco Central): −1,82%;
- Bitcoin (Criptomoedas): −6,24%;
- BDRX (Ações americanas listadas no Brasil): −9,44%.
BTC
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