Greve na Argentina interrompe ônibus, portos e até aviões

Apesar disso, Indústria e Comércio não foram afetados

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Publicado em 30/10/2024 às 12:38h - Atualizado Agora Publicado em 30/10/2024 às 12:38h Atualizado Agora por Wesley Santana
País tem passado por sucessivas greves nos últimos meses (Imagem: Shutterstock)
País tem passado por sucessivas greves nos últimos meses (Imagem: Shutterstock)

❌ Algumas das principais centrais sindicais convocaram uma greve geral para esta quarta-feira (30) na Argentina. Empresas de transporte público, carga e até aeroviárias aderiram ao chamamento que pode se estender até a quinta (31).

O principal motivo para a paralisação é o corte de gastos promovido pelo governo Javier Milei que retirou os subsídios que a União pagava a alguns setores. No caso do transporte público, o governo deixou de pagar uma parte das tarifas, o que elevou a participação tanto de empresas, estados e também dos usuários.

Os funcionários da AFIP -equivalente a Receita Federal brasileira- também aderiram à greve, depois de serem comunicado do fechamento do órgão e o desligamento de 3,1 mil profissionais. O governo Milei alterou o organograma da autarquia fiscal também no objetivo de diminuir o aparato estatal.

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O governo tem reuniões agendadas com a UTA, um dos principais sindicatos de transporte de Buenos Aires, para esta quarta, na tentativa de evitar a adesão do grupo. A expectativa é que seja oferecido um incremento salarial aos funcionários, considerando que as empresas dentro deste grupo operam as principais linhas do país.

O governo alega que a paralisação foi convocada por membro de uma casta e só prejudica os trabalhadores. “Eles falam sobre soberania, justiça social, liberdade de associação e direito de greve. Para exigir uma greve eles entram em greve. Como é que o direito de greve não está em perigo?”, afirmou o secretário de Transportes, Franco Moggeta.

Viagens afetadas

✈ Os brasileiros que têm viagens marcadas para alguma cidade da Argentina devem buscar pela companhia aérea para saber se o serviço foi afetado. Todas as empresas que operam voos de ou para o país fizeram alterações com vista de adequar a operação à situação local.

As companhias de baixo custo JetSmart e Flybondi -que operam voos do Brasil- mudaram os embarques e desembarques do aeroporto Aeroparque para Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires. No entanto, Aerolíneas, Copa Airlines, Gol e Latam conseguiram manter alguns dos voos, mas tiveram que cancelar dezenas de saídas com origem e destino também para outros aeroportos do país.

No caso da Latam, dos 13 voos programadas para esta quarta, 10 deles foram cancelados até este momento. As três saídas restantes foram reprogramadas para a quinta (31)

As empresas pedem que os viajantes olhem o e-mail antes de sair de casa para ver se há alguma informação de alteração na viagem. Os sites e páginas oficiais também exibem informações sobre mudanças no trajeto.