Governo discute alíquota fixa de 17,5% em IR para CDB e Tesouro, diz agência

Ideia seria trocar o atual modelo de tabela progressiva.

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Publicado em 09/06/2025 às 12:09h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 09/06/2025 às 12:09h Atualizado 1 minuto atrás por Wesley Santana
Imposto de Renda já incide sobre aplicações (Imagem: Shutterstock)
Imposto de Renda já incide sobre aplicações (Imagem: Shutterstock)

No mesmo dia em que anuncia mudanças para alguns dos investimentos de renda fixa, o governo também pode mudar regras das categorias mais conhecidas. Circula nos bastidores do Planalto uma ideia de unificação do Imposto de Renda que incide sobre as aplicações, com o objetivo de chegar a uma alíquota fixa.

💰 Segundo fontes ouvidas pela "Agência Reuters", o Ministério da Fazenda planeja fixar o IR em 17,5%, independente do prazo em que o investimento é mantido. Atualmente, o governo pega entre 15% e 22,5% de acordo com um calendário que beneficia as estratégias de longo prazo.

Essa nova regra deve incidir especialmente na compra de títulos públicos (Tesouro Direto) e privados (Certificado de Depósito Bancário). LCI, LCA, CRI e CRA, hoje isentos, devem passar a contar com uma alíquota de 5% de Imposto de Renda direto na fonte.

Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Fazenda não havia se manifestado sobre essa proposta.

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Como é a tabela regressiva atual?

Hoje, quem investe na renda fixa, deve ter em conta que uma parte dos rendimentos é descontada pelo governo como Imposto de Renda. Desta forma, quem retira o investimento em menos de 6 meses, perde 22,5%, enquanto quem deixa os lucros por mais de dois anos, precisa pagar 15%.

  • Até 180 dias: 22,5%
  • Entre 181 a 360 dias: 20%
  • Entre 361 a 720 dias: 17,5%.
  • Acima de 720 dias: 15%.