Fintechs temem que aumento de CSLL prejudique inclusão financeira
Se nova regra for aprovada, alíquota previdenciária subirá de 9% para até 20%

Dentro da série de mudanças que o governo discutiu com o Congresso para aliviar o recuo da taxação do IOF (Impostos sobre Operações Financeiras), uma delas foi aumentar o imposto pago por fintechs. Diferente do atual modelo, em que essas instituições contam com uma alíquota menor de contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL), agora elas podem passar a pagar o mesmo que os grandes bancos.
💰 Em entrevista ao Valor, o presidente da Zetta, instituição que representa algumas das maiores fintechs do país, disse que há uma preocupação em que o aumento do tributo possa impactar a inclusão financeira no país. A proposta discutida pelo ministro Fernando Haddad, da Fazenda, é de que a alíquota do CSLL fique na margem entre 15% e 20%, a depender do porte da companhia.
"Sem dúvida vai ter impacto. Ainda não sabemos exatamente como vai ser, mas se quem paga 9% passar a pagar 15% e quem paga 15% passar para 20%, é um aumento muito significativo, certamente vai ter muito impacto na competitividade do setor financeiro. Quem fez a inclusão financeira no Brasil nos últimos dez anos foram as fintechs, então isso pode ter um impacto muito grande", disse Eduardo Lopes, à reportagem.
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É importante destacar que, embora representem um grupo maior de fintechs, a Zetta representa empresas como Nubank, PicPay e Mercado Pago. Essas instituições têm um número de clientes maior que alguns bancos convencionais, mas oferecem uma gama de serviços limitada, o que as torna diferentes.
"Estamos fazendo um estudo e os resultados preliminares mostram que as fintechs pagam quase três vezes mais impostos que os bancos, quando olhamos a alíquota efetiva paga pelas instituições. Então vai se cobrar mais de quem já paga muito. As fintechs simplesmente entraram na conta do aumento de impostos", destacou Lopes.

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