Fim do home office? Bradesco segue passos do Nubank e convoca retorno

De acordo com o sindicato, a mudança foi comunicada a 844 profissionais da área de investimentos no dia 1º de dezembro.

Publicado em 04/12/2025 às 17:34h - Atualizado 2 minutos atrás Publicado em 04/12/2025 às 17:34h Atualizado 2 minutos atrás por Matheus Silva

O banco afirmou que a definição do regime de trabalho é feita por cada liderança (Imagem: Shutterstock)

💼 O Bradesco (BBDC4) decidiu encerrar o regime de home office para cerca de 900 funcionários de duas áreas específicas a partir de janeiro de 2026, em um movimento que marca uma reconfiguração importante na política de trabalho do banco.

A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que acompanha o processo.

De acordo com o sindicato, a mudança foi comunicada a 844 profissionais da área de investimentos no dia 1º de dezembro, com retorno ao trabalho exclusivamente presencial previsto para o dia 2 de janeiro de 2026.

Já em 3 de dezembro, outra comunicação interna informou que uma das três diretorias da tesouraria também encerrará o modelo remoto, atingindo mais 50 colaboradores, que deverão voltar ao escritório a partir de 5 de janeiro.

O banco afirmou, por meio de nota enviada à imprensa, que a definição do regime de trabalho é feita por cada liderança, considerando as demandas operacionais e a busca por equilíbrio entre presença física e flexibilidade.

“O Bradesco busca sempre um equilíbrio entre o presencial e o remoto, com foco na produtividade e no bem-estar das pessoas”, destacou a instituição.

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Atualmente, cerca de 50% dos mais de 82 mil colaboradores do Bradesco operam em regime híbrido. A decisão de retornar à presença física segue as regras da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que exige aviso prévio aos trabalhadores em caso de mudança no regime laboral.

O banco também garantiu, segundo o sindicato, que há espaço físico suficiente para acomodar todos os profissionais das áreas afetadas e que as condições de infraestrutura serão adequadas para o retorno.

No entanto, a decisão gerou insatisfação entre parte dos trabalhadores. Segundo o diretor do Conselho Fiscal do sindicato e bancário no Bradesco, Vanderlei Alves, o descontentamento foi especialmente visível entre os profissionais da tesouraria.

“Os bancários ficaram descontentes com a informação, já que muitos não batem ponto e podem desempenhar suas funções de qualquer lugar. O banco sabe que os trabalhadores são comprometidos, mas quer ter o controle total sobre seus funcionários”, afirmou.

A medida do Bradesco ocorre em meio a um movimento mais amplo de revisão dos modelos de trabalho no setor financeiro. Recentemente, o Nubank (ROXO34) também anunciou o fim do regime predominantemente remoto e o retorno ao modelo híbrido.

📈 A decisão foi alvo de críticas internas e resultou na demissão de 14 colaboradores após protestos durante uma apresentação da liderança da empresa.