Em recuperação judicial, Light (LIGT3) decide trocar comando

Troca ocorrerá no fim do ano ou quando a reestruturação financeira for encerrada, o que ocorrer primeiro

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Publicado em 17/10/2023 às 16:27h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 17/10/2023 às 16:27h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Light foi criticada por pedir recuperação judicial  (Shutterstock)
Light foi criticada por pedir recuperação judicial (Shutterstock)

Em recuperação judicial, o Grupo Light (LIGT3) decidiu trocar de comando até o fim do ano. Com isso, Octavio Pereira Lopes entregará o cargo de diretor presidente da companhia para o atual diretor de Regulação e Relações Institucionais, Alexandre Nogueira.

Em fato relevante, a Light informou que a mudança foi aprovada em reunião do Conselho de Administração nesta terça-feira (17). A decisão é de que Octavio Pereira Lopes deixe suas funções na companhia “tão logo se conclua a reestruturação financeira em curso, ou 31 de dezembro de 2023, o que ocorrer primeiro”.

Por conta disso, o grupo já entrou em um período de transição nesta terça-feira (17). A saída de Octavio Pereira Lopes, contudo, não foi uma total surpresa para o mercado. Afinal, o executivo foi criticado por ter colocado a empresa em recuperação judicial.

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Um grupo de credores da empresa lembrou, por exemplo, que a legislação brasileira proíbe concessionárias de energia a entrar em recuperação judicial. Em nota publicada em julho, o grupo afirmou ainda que o plano apresentado pela empresa empurrava para os credores o custo da recuperação financeira.

Diante desse cenário, o então diretor-presidente da distribuidora de energia do grupo, a Light SESA, renunciou ao cargo em junho. Além disso, o executivo Nelson Tanure ampliou a participação acionária na Light. Crítico da recuperação judicial, ele é hoje o principal acionista do grupo.

Na esteira das trocas, a Light anunciou em setembro a elaboração de um plano para a saída da recuperação judicial. Em outubro, o grupo também pediu que uma de suas subsidiárias, a geradora Light Energia, seja retirada do processo que tramita na Justiça do Rio de Janeiro.