Em meio a reestruturação, Azul (AZUL4) perde duas recomendações de compra
No entanto, Ágora e Bradesco BBI mantiveram perspectiva de upside para as ações
Ao menos duas instituições financeiras revisaram suas estimativas para a cotação da Azul (AZUL4). Ágora e Bradesco BBI cortaram a projeção de compra para neutra no meio da crise da companhia aérea que pode levar a uma recuperação judicial.
📄 Em relatório conjunto, os bancos de investimentos ainda esperam um potencial alta no ticker, hoje cotado próximo de R$ 1,10. A nova projeção é de uma eventual valorização de 15%.
“Agora, temos recomendação neutra para a ação da Azul (AZUL4), com um novo preço-alvo de R$ 1,30, que pressupõe a conversão de outros R$ 3 bilhões em dívida a preços de mercado atuais, resultando em diluição significativa aos minoritários”, escreveram André Ferreira do Bradesco BBI e Wellington Lourenço da Ágora Investimentos.
Os analistas destacaram que a oferta da Azul para transformar suas dívidas em ações praticamente não teve participação externa. Eles entendem que isso impede que a companhia aérea transforme outros US$ 100 milhões em notas também necessárias.
“Para completar, os resultados da Azul no 1T25 foram mais fracos do que o esperado, com o Lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda) 2% abaixo do ano anterior, impactado pela desvalorização de 18% do real e por desafios operacionais”, completam eles.
💲 Leia mais: Três novas empresas podem entrar no índice Ibovespa B3 BR+; veja felizardas
André e Wellington também apontam que o fluxo de caixa da companhia até o final está restrito. Para eles, a saída para a liquidez da empresa seria a disponibilização, por parte do governo federal, de R$ 2 bilhões para ser usado como garantia para novas dívidas.
Para o futuro, também foi revista a estimativa de Ebitda, passando agora a ser projetado em R$ 7,1 bilhões no final de 2025.
Desde a semana passada, circula no mercado financeiro a informação de que a companhia aérea poderia recorrer ao Chapter 11, nos Estados Unidos. O mecanismo se equipara à recuperação judicial, protegendo a companhia de pagar dívidas enquanto procede com seu plano de reestruturação.
Tanto a Latam quanto a Gol, que são as duas concorrentes da Azul, já recorreram ao sistema. A primeira já deixou a RJ, enquanto a segunda informou que deve sair do programa nos próximos meses.
Nesta segunda-feira (26), as ações da Azul são negociadas com alta de 5,5% na bolsa de valores brasileira. Os papéis acumulam uma baixa de 70% desde o começo do ano.
Antes da pandemia, o ticker alcançaram o pico histórico, quando chegaram a ser cotados acima de R$ 60. Desde então, a queda registrada é de 98%, ainda de acordo com a B3.
AZUL4
AZULR$ 1,00
-80,62 %
-12,29 %
0%
-0,34
-0,03
CVM entra com processo contra CEO da Azul (AZUL4)
O CEO informou na entrevista uma expectativa de receita de R$ 20 bilhões para 2024.
Azul (AZUL4): Prejuízo ajustado dispara no 3T25 e chega a R$ 1,56 bilhão
O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 1,914,5 bilhão.
Azul (AZUL4): Tribunal de NY aprova termos do plano de reorganização
O tribunal também deu aval ao Backstop Commitment Agreement.
Com acordo bilionário, Azul (AZUL4) acelera plano para sair do Chapter 11
Segundo a empresa, o progresso está alinhado ao cronograma inicialmente proposto para a conclusão do processo.
Azul (AZUL4) registra Ebitda de R$ 613,8 milhões em setembro de 2025
O resultado operacional foi de R$ 376,7 milhões, com margem de 20,6%.
Mais cautelosa, Azul (AZUL4) revê metas e vê ações subirem na bolsa
Empresa corta projeções de receita e Ebitda, mas mantém capacidade e aposta em redução de custos.
Azul (AZUL4) bate recorde com 23,7 milhões de passageiros em 2025
Entre as rotas com maior movimento em 2025, Recife figura como principal destaque.
Bagagem de mão de 10 quilos gratuita tem aprovação no Senado; veja próximo passo
Projeto de lei passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de forma terminativa.