Dólar recua 0,61% com desistência de Biden trazendo alívio; Ibovespa sobe 0,19%

O dólar comercial recuou 0,61%, encerrando o dia a R$ 5,57, enquanto os juros futuros apresentaram quedas em toda a curva.

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Publicado em 22/07/2024 às 18:47h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 22/07/2024 às 18:47h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues
O dólar comercial recuou 0,61%, encerrando o dia a R$ 5,57. Imagem: Shutterstock.
O dólar comercial recuou 0,61%, encerrando o dia a R$ 5,57. Imagem: Shutterstock.

💲 O índice Ibovespa registrou um leve aumento de 0,19% nesta segunda-feira (22), fechando em 127.859,63 pontos, um avanço de 243,17 pontos.

O dólar comercial recuou 0,61%, encerrando o dia a R$ 5,57, enquanto os juros futuros apresentaram quedas significativas em toda a curva.

Este movimento no mercado ocorreu após a desistência oficial de Joe Biden da corrida presidencial nos Estados Unidos, redirecionando as atenções para a vice-presidente Kamala Harris como potencial candidata para enfrentar Donald Trump, o atual favorito.

Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank, comentou que a desistência de Biden trouxe um alívio aos mercados, uma vez que a incerteza em relação à vitória de Trump aumentou.

Com isso, houve um enfraquecimento do dólar e dos Treasuries. Em Nova York, as ações subiram não apenas devido à troca de Biden por Kamala, mas também em antecipação aos resultados do segundo trimestre de 2024.

Brasil

No Brasil, o presidente Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, questionando sua postura em relação aos aumentos salariais. No entanto, Lula também mencionou a possibilidade de bloqueios orçamentários quando necessário.

O mercado estava atento ao Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que justificou o contingenciamento de R$ 15 bilhões no orçamento, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada.

O governo projeta um déficit primário de R$ 32,6 bilhões em 2024, equivalente a 0,3% do PIB, um aumento em relação à previsão de maio.

As receitas líquidas devem atingir R$ 2,168 trilhões, abaixo da estimativa anterior de R$ 2,182 trilhões, enquanto as despesas primárias estão previstas em R$ 2,230 trilhões, acima dos R$ 2,209 trilhões previstos em maio.

Cenário Corporativo

📊 A semana de balanços começou com o Carrefour (CRFB3), que divulgou seus resultados após o fechamento do mercado, registrando uma alta de 4,39% no dia.

As Lojas Renner (LREN3) tiveram um alta de 3,83%, beneficiadas pela recomendação do JPMorgan, que também destacou a Natura (NTCO3), apesar de suas ações terem recuado 0,27%.

O Itaú BBA considera os ativos brasileiros subvalorizados, mesmo após a recente recuperação, negociando a 7,2 vezes o preço/lucro, um desconto de 24% em relação à média de cinco anos.

Ações

A Sabesp (SBSP3) liderou as negociações do dia, subindo 2,47% após a conclusão de sua privatização. Em contrapartida, a Vale (VALE3) caiu 0,11%, e a Petrobras (PETR4) recuou 1,99%, acompanhando a queda do petróleo internacional.

Os bancos tiveram um desempenho misto, com Bradesco (BBDC4) subindo 1,12%, Banco do Brasil (BBAS3) avançando 0,11%, enquanto Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,06% e Santander (SANB11) recuou 0,27%. A B3 (B3SA3) ganhou 1,07%.

A Embraer (EMBR3) despencou 7,03% apesar de anunciar a venda de nove cargueiros para Holanda e Áustria, uma queda já esperada. Suzano (SUZB3) recuou 0,60% enquanto busca novos negócios.

Em contrapartida, a LWSA (LWSA3) subiu 4,39% devido ao programa de recompra de ações, considerado positivo pelos analistas do UBS BB.