China entra na guerra comercial com tarifas de 100%, mas o alvo não é Trump
Canadá virá alvo de tarifas comerciais retaliatórias de Pequim sobre alguns produtos, como óleo de colza, tortas de óleo e ervilhas

💣 Quando se pensa na atual guerra comercial, o primeiro nome a vir à mente é o do presidente americano Donald Trump, só que neste sábado (8) foi a China que protagonizou a escalada da tensão no comércio mundial e nem são os estados-unidenses os alvos da vez.
Isso porque Pequim anunciou planos para impor uma tarifa de 100% sobre alguns produtos provenientes do Canadá, como o óleo de colza, tortas de óleo e ervilhas, acrescentando ainda que uma taxa de 25% seria aplicada sobre produtos aquáticos e carne suína originários do país vizinho ao norte dos Estados Unidos.
Tais medidas do governo chinês estão programadas para entrar em vigor em 20 de março, de acordo com uma declaração da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China.
É válido mencionar que o movimento da nação asiática é retaliatório, visto que o governo canadense já aplicou taxas de importação sobre veículos elétricos e produtos de aço e alumínio fabricados na China desde outubro do ano passado, seguindo os passos de seus aliados, os EUA e a União Europeia.
“A imposição unilateral de tarifas pelo Canadá desconsidera fatos objetivos e regras da Organização Mundial do Comércio, é uma prática típica de protecionismo comercial, constitui uma medida discriminatória contra a China, infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China e prejudica as relações econômicas e comerciais entre China e Canadá”, disseram as autoridades alfandegárias da China em um comunicado.
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Desde 2024, os canadenses também vêm taxando com alíquota de 25% as importações de aço e alumínio da China, enquanto vários anúncios de tarifas pelos EUA, China, Canadá e México foram feitos nos últimos meses.
Conforme dados do Investidor10, o iShares MSCI Canada ETF (EWC), que investe em uma cesta de ações canadenses, acumula queda de quase −4% nos últimos 30 dias. Se você tivesse investido US$ 1 mil em EWC no período, hoje você teria US$ 968,18.
📊 A simulação também aponta que o iShares China Large-Cap ETF (FXI), que investe nas maiores empresas chinesas, teve ganhos de quase +10% no mesmo intervalo de tempo, gerando um retorno US$ 1.144,98.

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