Braskem (BRKM5) desaba 10% após contratar assessores para reestruturar dívidas

UBS corta preço-alvo e alerta para pressão no caixa até 2028; ticker perde 38% só em 2025

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Publicado em 26/09/2025 às 11:49h - Atualizado 1 dia atrás Publicado em 26/09/2025 às 11:49h Atualizado 1 dia atrás por Wesley Santana
Braskem é uma das maiores empresas do setor petroquímico do país (Imagem: Shutterstock)
Braskem é uma das maiores empresas do setor petroquímico do país (Imagem: Shutterstock)

Nesta sexta-feira (26), a Braskem (BRKM5) informou ao mercado que contratou assessores financeiros e jurídicos para estruturação de suas dívidas. Segundo comunicado da companhia, os profissionais devem auxiliar “na elaboração de um diagnóstico de alternativas econômico-financeiras para otimizar a sua estrutura de capital”. 

De acordo com o jornal O Globo, as empresas contratadas foram: banco Lazard, para atuar no segmento econômico, e advocacias E. Munhoz e Cleary Gottlieb, para fazer frente no campo jurídico. 

A decisão acontece no momento em que o setor petroquímico global passa por uma forte crise. Na análise da companhia brasileira, isso deve se arrastar por alguns anos, o que pede uma reestruturação de seu funcionamento.

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A Braskem é uma das maiores empresas deste segmento, com atuação em diversas etapas da produção de químicos e petróleo. Atualmente, o valor de mercado da companhia é de R$ 6,34 bilhões, bem distante do que a empresa já valia em anos anteriores. 

A reação do mercado ao comunicado foi quase que imediata na abertura do pregão, com as ações operando com forte queda. Por volta das 11h30, os papéis despencavam mais de 10% na B3, cotados em R$ 7,40.

No acumulado deste ano, o ticker acumula uma desvalorização de 38% na bolsa brasileira. Só nos últimos cinco dias, a diferença negativa alcança o patamar de 12%, de acordo com a B3.

Baixa no crédito

Antes do anúncio, o USB BB já havia refeito sua projeção para as ações da Braskem. O banco de investimentos cortou a recomendação de compra para neutro e reduziu o preço-alvo de R$ 15 para R$ 10. 

Os analistas destacaram que a redução acontece em meio a uma deterioração das perspectivas sobre a companhia no curto prazo. Além disso, entendem que a companhia tem sido pressionada, o que impede uma retomada saudável de geração de caixa antes de 2028.

Um dos pontos citados pelo UBS foi a tarifa de importação imposta pelos Estados Unidos, que tem impactado a empresa de forma direta. No entanto, também destacaram que a empresa segue liderando no setor petroquímico, quando se avalia a estratégia de médio e longo prazo.

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