Brasil no pódio: Real é a moeda que mais se valorizou na América Latina em 2025
Peso argentino lidera na ponta inferior, com o pior desempenho entre 33 países.

Nas últimas semanas, o dólar dos Estados Unidos vem registrando forte queda em relação ao real. No acumulado deste ano, a moeda brasileira já ostenta uma valorização de 16% em relação à divisa norte-americana.
Esse movimento dá ao país o título de maior valorização de toda a América Latina no acumulado deste ano. O segundo lugar da lista fica com a Colômbia, onde o peso avançou 13% frente ao dólar.
O resultado brasileiro é positivo também quando considerada as moedas que mais se valorizaram ao redor do mundo. Neste caso, a liderança fica com a Rússia, onde o rublo cresceu 36% no intervalo de oito meses.
O pódio global fica completo com o florim da Hungria (+20%) e as coroas da Suécia (18%) e da República Tcheca (17%).
Por outro lado, a ponta negativa do índice ficou nas mãos da Argentina, que viu seu peso despensar 30% em relaçao ao dólar. Outro país com desempenho negativo é a Turquia, com a lira caindo 14% também no acumulado de 2025.
A lista montada pelo Valor mostra ainda que, entre as 33 divisas mais importantes do mundo, apenas 4 delas ficaram no vermelho. O recuo da moeda dos EUA fica evidente no índice DXY que acompanha a força do ativo e registra queda de quase 6% nos últimos seis meses.
Veja as 10 maiores valorizações do ano
- Rublo | Rússia | 36%
- Florim | Hugra | 20%
- Coroa | Súecia | 19%
- Coroa | República Tcheca | 18%
- Real | Brasil | 16%
- Coroa | Noruega | 15%
- Franco | Suíça | 14%
- Euro | Europa | 13%
- Peso | Colômbia | 13%
- Coroa | Dinamarca | 13%
- Rúpia | Indonésia | - 2%
- Rúpia | Índia | -3%
- Lira | Turquia | -14%
- Peso | Argentino | -30%
Moeda argentina em crise
Há algumas semanas, o peso argentino tem passado por um de seus maiores desafios do último ano. Com a desvalorização acelerada, a cotação oficial já perde para o dólar paralelo que havia sido extentinto no país.
No fechamento desta reportagem, a diferença entre as duas cotações era de apenas 15 pesos. Enquanto o dólar oficial era cotado em 1.500, o chamado blue estava em 1.515, conforme dados dos monitores locais.
O Banco Central tem tentado controlar o disparo, mas as ferramentas não têm sutido muito efeito. Só na sexta (19), o órgao vendeu US$ 678 milhões, mas não obteve sucesso no controle da principal divisa do mundo.
Essa foi a venda mais alta já feita pelo país nos últimos 6 anos, o que acende cada vez mais o alerta sobre o ritmo do câmbio no local. Em menos de uma semana, a queima já passa de US$ 1 bilhão, conforme destacam os jornais locais.
Esse e outros movimentos da economia vêm se desenrolando ao longo das últimas semanas, no contexto das eleições legislativas. Há duas semanas, o partido do presidente Javier Milei perdeu no principal colégio eleitoral do país, a província de Buenos Aires, mas aguarda os resultados de outras regiões que vai ditar os rumos da política economica atual.

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