Banco aposta em “fórmula mágica” para virada da Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4)
Segundo os analistas, a Cosan vive uma oportunidade única, que pode destravar um potencial de valorização de até 86% nas ações.

🚨 O Bank of America (BofA) divulgou um relatório que reacendeu o debate sobre o futuro da Cosan (CSAN3) e da Raízen (RAIZ4).
Segundo os analistas Isabella Simonato, Julia Zaniolo e Rogério Araújo, a Cosan vive uma oportunidade única de reestruturação e desalavancagem, que pode destravar um potencial de valorização de até 86% nas ações.
A avaliação considera que a empresa está no meio de um processo estratégico de redução de dívidas, que envolve tanto a gestão de passivos quanto a venda de ativos relevantes, além de ajustes operacionais na Raízen, sua controlada no setor de energia.
Cosan: alívio financeiro e venda da fatia na Vale
Um dos pontos destacados pelo BofA é a atuação da Cosan na redução da alavancagem. A companhia vem vendendo ativos e participações estratégicas, incluindo parte de sua fatia na Vale (VALE3), ao mesmo tempo em que fortalece sua gestão financeira.
O relatório ressalta que, apesar da queda de 27% nas ações da Cosan em 2025, os fundamentos indicam uma possível recuperação.
O aumento de capital previsto na Raízen poderia atrair um acionista estratégico, trazendo fôlego à estrutura da holding e ao mesmo tempo destravando valor de mercado.
Na análise de soma das partes (SOTP), o BofA calcula que o valor justo da ação da Cosan seria de R$ 13,70, sendo R$ 3,10 provenientes da Raízen. Mesmo excluindo a subsidiária, a Cosan ainda mostraria um potencial relevante de valorização.
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Raízen: a conta da desalavancagem
O grande desafio, porém, está na Raízen. O banco americano projeta que a companhia precisa reduzir cerca de R$ 15 bilhões em dívidas para equilibrar sua estrutura. Esse ajuste viria de uma combinação de vendas de ativos e aumento de capital.
O movimento já está em curso. Só em julho, a Raízen anunciou a venda das usinas Rio Brilhante e Passatempo, no Mato Grosso do Sul, por R$ 1,5 bilhão.
Desde novembro de 2024, a empresa já vendeu cinco ativos de cana, com capacidade total de 12 milhões de toneladas, arrecadando R$ 3,4 bilhões — bem acima da meta inicial de 7 milhões.
Hoje, a companhia opera 25 usinas com 75 milhões de toneladas de capacidade. O portfólio mais enxuto, segundo o BofA, é positivo para a eficiência operacional.
Porém, os analistas alertam que o aumento de capital é inevitável e segue sendo fonte de incerteza para os acionistas, principalmente pelo risco de diluição.
Potencial de valorização e riscos
De acordo com o relatório, se a Raízen realizar um aumento de capital entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, sem participação da Cosan, a diluição seria de apenas 2% — relativamente pequena diante do benefício de desalavancagem.
Nesse cenário, o BofA calcula que o potencial de valorização das ações da Cosan poderia chegar a 50%, mesmo com o efeito da diluição.
Para a Raízen, contudo, o BofA mantém recomendação neutra e preço-alvo de R$ 1,25, citando como principal entrave a elevada alavancagem e o risco de novas emissões de ações.
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O que o investidor precisa ficar de olho
Para quem acompanha o setor, a análise do BofA coloca a Cosan como uma história de transformação financeira rara na América Latina.
O potencial de valorização chama atenção, mas os investidores precisam estar cientes de que o ciclo de juros elevados no Brasil e a execução do plano de desalavancagem seguem como desafios.
Já a Raízen, embora avance no processo de reciclagem de portfólio, ainda inspira cautela devido à necessidade urgente de capital.
📈 O equilíbrio entre os desinvestimentos, a entrada de novos recursos e a recuperação operacional será determinante para a retomada da confiança do mercado.

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