Argentina tem dia de protestos por reajuste nas aposentadorias
Centenas de pessoas foram presas, segundo dados da polícia de Buenos Aires

Na tarde de quarta-feira (12), milhares de pessoas foram às ruas da Argentina para protestar contra um projeto de reajuste nas aposentadorias do país. Os idosos pediam por uma atualização real no valor dos benefícios, além do restabelecimento da cobertura de medicamentos pelo serviço público.
🚨 O movimento ganhou força nas últimas horas, depois que torcidas organizadas de alguns dos maiores clubes de futebol do país aderiram aos protestos. Torcedores do River Plate, Boca Júnior e Independiente se juntaram ao coro de aposentados e pensionistas que protestavam por melhores reajustes nos benefícios pagos pelo governo.
Na capital Buenos Aires, houve confronto com a polícia, provocando dezenas de feridos e centenas de presos. Segundo estimativa do governo da cidade, 120 manifestantes foram presos depois de desrespeitarem a ordem da polícia de se reunirem em pontos de encontro.
Um fotojornalista foi atingido por uma cápsula de gás de pimenta disparada pelos agentes e teve de ser levado às pressas ao hospital, onde passou por cirurgia e sofre risco de morte. Esse foi considerado o protesto mais violento registrado durante o governo de Javier Milei, iniciado no fim de 2023.
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O atual governo tem gozado da propaganda de redução da inflação, que caiu de 211% para 117% no intervalo de um ano. Esse é um feito bastante importante, considerando que o país chegou a liderar a lista de maiores inflações do continente.
No entanto, como parte dos esforços para alcançar esse resultado, foi necessário congelar os gastos, o que inclui o pagamento de benefícios assistenciais, caso da aposentadoria.
Hoje, mais da metade dos argentinos aposentados recebe o valor mínimo, fixado em 350 mil pesos (equivalente a menos de R$ 2 mil). No entanto, o custo de vida no país aumentou de forma exponencial, tornando este um dos lugares mais caros da América do Sul.
Segundo a Defensoria da Terceira Idade, um aposentado precisa hoje de ao menos 1,2 milhão de pesos para cobrir os gastos essenciais no país vizinho. Só em medicamentos, esse grupo populacional gasta cerca de 260 mil todos os meses, de acordo com o estudo.
Desde a metade do ano passado, o salário dos aposentados é atualizado todos os meses com base nos dados da inflação. Apesar disso, os beneficiários sofrem com a desvalorização do peso vista antes do governo promulgar a mudança, o que deixou os pagamentos defasados diante da alta dos preços.

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