Apagão em SP gera prejuízo de R$ 1,5 bilhão e Enel diz que retomada é complexa

Ventos fortes derrubam rede elétrica e revelam esquema de cobrança ilegal.

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Publicado em 12/12/2025 às 18:43h - Atualizado 8 horas atrás Publicado em 12/12/2025 às 18:43h Atualizado 8 horas atrás por Wesley Santana
Lojas tiveram de ser fechadas porque não havia eletricidade (Imagem: Shutterstuck)
Lojas tiveram de ser fechadas porque não havia eletricidade (Imagem: Shutterstuck)

Pouco tempo se passou e os empresários de São Paulo já têm que arcar com outro prejuízo criado a partir da falta de energia. Segundo um levantamento da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SP), o vendaval desta semana fez os comércios perderem mais de R$ 1,5 bilhão em faturamento.

Tudo aconteceu por causa de ventos fortes que atingiram a capital e a região metropolitana no começo da semana. Mesmo passados dois dias, cerca de 1,3 milhão de endereços ainda estavam sem energia elétrica de forma plena, conforme destacou a Enel (E1NI34) por meio de nota.

O prejuízo deste episódio é bem próximo do de outubro do ano passado, quando o resultado ficou negativo em R$ 2 bilhões, conforme a mesma entidade. E os dois levantamentos deixam de fora os prejuízos indiretos, como perda de estoque e a manutenção das atividades nos dias em que os comércios não obtiveram receitas.

“Estamos falando apenas do potencial de perdas”, afirma Fábio Pina, assessor econômico da FecomercioSP.

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Retomada é complexa, diz Enel

A concessionária responsável pela eletricidade da RMSP, porém, não tem uma data cravada para que todo o serviço seja restabelecido. Nesta sexta-feira (12), a companhia declarou que a retomada é “complexa”.

“Em algumas localidades, o restabelecimento é mais complexo, porque envolve a reconstrução da rede, com substituição de postes, transformadores e, por vezes, recondução de quilômetros de cabos”, explicou a Enel por meio de nota.

“O evento climático causou danos severos à infraestrutura elétrica, afetando o fornecimento em diversas regiões. Para acelerar a recomposição do sistema, a distribuidora tem mobilizado cerca de 1.600 equipes em campo ao longo do dia”, informou a Enel.

Funcionário é preso

Na quinta-feira (11), um funcionário terceirizado da companhia foi preso depois de pedir uma propina de R$ 2,5 mil para religar energia na Vila Mariana, bairro paulistano. Em mensagens obtidas pela imprensa, é possível ver que ele pedia comprovante de transferência para ir ao local e realigar o serviço.

Em um dos casos investigados pela Polícia Civil, ele teria realizado o serviço em apenas 15 segundos depois do pagamento. O subprefeito da Vila Mariana, Rafael Minatogawa, se passou por um empresário da região e chamou a polícia para dar voz de prisão ao agora detido.

A SSP (Secretaria de Segurança Pública) destacou que o funcionário será investigado por corrupção passiva. O caso foi enviado para o 16º DP da capital, onde foi lavrado o boletim de ocorrência de prisão em flagrante.

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