4 ETFs no Brasil que pagam dividendos mensais; veja retorno

Somente a partir de setembro de 2023 é que os ETFs listados na B3 podem distribuir proventos.

Publicado em 09/11/2025 às 11:47h - Atualizado 1 minuto atrás Publicado em 09/11/2025 às 11:47h Atualizado 1 minuto atrás por Lucas Simões

ETFs de dividendos mensais são mão na roda para rentistas no Brasil (Imagem: Shutterstock)

Atualmente, existem quase 90 ETFs (fundos de investimentos negociados em bolsa de valores) operando no Brasil, embora apenas uma pequena fração deles tenha a estratégia de distribuir dividendos mensais aos seus cotistas.

Para quem é adepto da estratégia de renda passiva tão disseminada pelo megainvestidor Luiz Brasi, mas que, ao mesmo tempo, não tem a mesma aptidão e competência para gerir sua própria carteira de ações, os ETFs de dividendos mensais no Brasil, que surgiram a partir de setembro de 2023, se colocam como aliados de investidores pessoas físicas.

O Investidor10 apurou que ao menos quatro ETFs brasileiros têm a estratégia de remunerar seus cotistas com dividendos mensalmente, seja com ações brasileiras ou até mesmo com ações americanas (stocks).

Todos os fundos de índices negociados na B3 apresentados a seguir têm um histórico bastante recente em bolsa de valores, embora se baseiem em metodologias bastante consistentes de investimento apenas em empresas sólidas.

1. BEST11

O Investo Brazil BESST Quality ETF (BEST11) é o mais recente ETF de dividendos mensais no Brasil, lançado em setembro de 2025 e com capitalização de apenas R$ 10 milhões. Seu primeiro provento será pago no dia 8 de dezembro de 2025, tendo como data-com o dia 1º de dezembro de 2025.

A partir daí, o BEST11 apresenta um calendário de proventos mensais ao longo de 2026, conforme informações extraídas da Investo, gestora responsável pelo fundo de índice negociado na B3.

Esse investimento busca acompanhar o desempenho de empresas brasileiras dos setores considerados essenciais e de alta qualidade (BESST): Bancos, Energia, Saneamento, Seguros e Telecomunicações, com pagamento de dividendos mensais.

Para se ter uma ideia de quais empresas brasileiras estão dentro do BEST11, acompanhe a seguir as principais posições do fundo de investimento:

Axia Energia (AXIA3): Peso de 10,25%
Bradesco (BBDC4): Peso de 9,04%
BTG Pactual (BPAC11): Peso de 8,99%
Sabesp (SBSP3): Peso de 8,86%
Itaú (ITUB4): Peso de 8,74%
Banco do Brasil (BBAS3): 8,34%
Equatorial (EQTL3): Peso de 8,22%
Telefônica Brasil (VIVT3): Peso de 4,98%
BB Seguridade (BBSE3): Peso de 4,43%
TIM (TIMS3): Peso de 3,85%

2. NDIV11

Lançado pelo Nubank (ROXO34) lá em setembro de 2023, o Nu Renda IBOV Smart Dividendos (NDIV11) acumula valorização de 7,23% nos últimos 12 meses, já considerando o reinvestimento dos proventos mensais, conforme dados do Investidor10.

Com dividend yield de 7,70% no acumulado dos últimos 12 meses, o NDIV11 busca replicar o mesmo desempenho do índice Ibov Smart Dividendos, que seleciona empresas brasileiras de histórico consistente de pagamento de proventos nos últimos seis anos e que também fazem parte do Ibovespa.

Algumas companhias que integram o fundo de índice listado em bolsa de valores são: BB Seguridade (BBSE3), Cemig (CMIG4), Isa Energia Brasil (ISAE4) e Engie Brasil (EGIE3).

Pelos dividendos das empresas investidas não serem homogêneos, os pagamentos do NDIV11 também não são tão previsíveis (o dividend yield mensal) varia de 0,2% a 1,2%.

3. DIVD11

Sob a gestão do Itaú, o It Now IDIV Renda Dividendos ETF (DIVD11) também gera proventos mensais aos seus cotistas com ações brasileiras, só que, dessa vez, replicando o famoso índice IDIV, que traz apenas a nata das empresas boas pagadoras de dividendos.

Nos últimos 12 meses, as cotas do DIVD11 se valorizaram +8,30%, já incluindo o reinvestimento dos dividendos mensais, além de apresentar dividend yield de 7,75%.

As companhias que costumam dominar esse ETF são elétricas e bancos, mas também exportadoras de commodities, como Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).

4. SPYI11

Bem diferente das opções anteriores que focam apenas em investimentos no Brasil, o Buena Vista US High Income ETF (SPYI11) gera dividendos mensais ao replicar o desempenho das 500 maiores empresas dos Estados Unidos, ou seja, o famoso índice acionário S&P 500.

Dessa maneira, ao colocar dinheiro em SPYI11, automaticamente o investidor tem em carteira um pedacinho de gigantes globais como Coca-Cola (KO), Exxon Mobil (XOM), McDonald's (MCD), entre tantas outras.

Segundo dados do Investidor10, o SPYI11 registra dividend yield de 12,69%, embora suas cotas acumulem desconto de -8,68% nos últimos 12 meses.

Vale mencionar que a renda do SPYI11 provém, principalmente, de uma estratégia de opções (contratos derivativos que fornecem o direito de comprar ou vender um ativo por um preço predeterminado), produzindo o que são chamados de “dividendos sintéticos”.

De maneira bem simplificada, a operação consiste na compra de um determinado ativo (no caso, o índice americano) e na venda de um contrato de compra, que oferece o direito de alguém comprar esse ativo por um preço pré-acordado, remunerando o vendedor da opção com um prêmio.